Descrição
Há uma curiosa ambivalência na relação dxs anarquistas contemporânexs com a tecnologia. Por um lado, anarquistas hoje estão envolvidxs em várias campanhas nas quais se resiste explicitamente à introdução de novas tecnologias, da bio e nanotecnologia às tecnologias de vigilância e de guerra. Ao mesmo tempo, entre os movimentos sociais no Norte, anarquistas têm feito um uso dos mais extensivos e engajados de tecnologias de informação e comunicação, ao ponto de desenvolver seus próprios softwares.
Gostaria de olhar para além dessa ambivalência em direção às críticas e teorias que podem formar uma política anarquista da tecnologia de base ampla. Isso significa fazer duas perguntas básicas. Primeira, será que podemos articular uma crítica da tecnologia que é coerente e que se sustenta teoricamente ao mesmo tempo que continuamos em harmonia com as preocupações políticas centrais do anarquismo? Segunda, para que tipos de ações políticas tal crítica aponta, uma vez que levamos em consideração as amplas perspectivas estratégicas que muitxs anarquistas já endossam?
Ludditas, Hackers e Jardineirxs
Uri Gordon
40 páginas