Descrição
Agnes Inglis nunca planejou uma carreira como bibliotecária. Aos 52 anos em 1924, e após um período de intenso trabalho em prol dos imigrantes radicais que enfrentavam perseguição e deportação após a Primeira Guerra Mundial, Inglis visitou a biblioteca da Universidade de Michigan para consultar a coleção de livros, periódicos, artigos, recortes e efêmera doada por seu amigo Joseph Labadie em 1911. “Jo” Labadie foi um líder sindical, reformador social e anarquista individualista que acumulou um grande número de materiais documentando a multidão de eventos e movimentos dos quais ele participou ao longo de uma carreira de quarenta anos. Inglis encontrou a coleção original de Labadie nas mesmas condições em que fora doada: “em ótimo estado… embora ainda não encadernada”. (Inglis 1924) Ela decidiu passar um curto período de tempo como voluntária na biblioteca desempacotando e separando materiais. Esse curto período se transformou em 28 anos de serviço distinto e principalmente gratuito, durante os quais ela não apenas organizou a grande coleção, mas a aumentou em cerca de vinte vezes seu tamanho original, e a elevou ao status de que goza hoje entre as bibliotecas que documentam a história e filosofia do anarquismo e outros movimentos sociais e políticos radicais. A vida de Inglis como anarquista e bibliotecária nos mostra um excelente caso de intersecção entre ideais políticos e biblioteconomia.
Agnes Inglis: Bibliotecária Anarquista
Julie Herrada e Tom Hyry
Monstro dos Mares
16 páginas
Agnes Inglis: Bibliotecária Anarquista
Julie Herrada e Tom Hyry, publicado originalmente no Progressive Librarian, traduzido por DaVinci, revisado por abobrinha. Disponível para leitura em <https://monstrodosmares.com.br/artigos/agnes-inglis-bibliotecaria-anarquista>.