[Live de lançamento] Zumbi dos Palmares: por uma educação antirracista

Olá amizade! Enfim entramos na “era das lives” e queremos que você venha participar de nossa primeira transmissão ao vivo para lançamento de livros. No dia 9 de Dezembro, às 20h, vamos conversar com Waltinho Vadala, autor de “Zumbi dos Palmares: por uma educação antirracista”. Lançado através de financiamento coletivo pela Monstro dos Mares, está sendo distribuído para onze espaços de educação e luta antirracista.

Coloque na agenda 🙂

Lançamento “Zumbi dos Palmares: por uma educação antirracista”
9 de Dezembro de 2020, 20h.
Instagram da editora @monstrodosmares

Apresentação

Assim como Zumbi, por meio da luta e da resistência o movimento negro tem entre suas maiores conquistas a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da cultura afro-brasileira e africana nas escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

Por isso, a história de Zumbi dos Palmares tem todo o necessário para levar o educando à compreensão de como a cultura afro-brasileira e africana é fundamental na formação da identidade cultural brasileira, e de como o educador pode questionar e combater as estruturas eurocêntricas históricas que ainda permanecem intrínsecas à maneira que se conta a história negra dentro das escolas. Este é o intuito principal deste livro. Segue, então, uma análise de como o movimento negro se mobilizou ao longo do século XX para obter uma das maiores conquistas afro-brasileiras na educação: a inserção da sua história e da história de suas raízes africanas no currículo educacional do país.

O movimento negro é a organização do povo afro-brasileiro na construção do combate ao racismo na educação brasileira. Ele serve de exemplo teórico metodológico para os educadores superarem o “racismo histórico” que ainda se reflete na educação brasileira e influencia principalmente no processo de construção da identidade do educando negro, que não se vê representado na formação cultural brasileira. Por mais que a teoria explique que a identidade brasileira se forma com a cisão das culturas europeias, indígenas e africanas, apenas a cultura branca é descrita na história. Entretanto, a partir do momento que temos um herói negro que luta pela liberdade mesmo estando à margem do sistema, esse aluno se vê representado e culturalmente pertencente a essa identidade brasileira.

O autor

Nascido na década de 90 e criado na cidade de Taboão da Serra, em São Paulo, neto de nordestinos e bisneto de imigrantes da Síria e da Itália, Walter Vadala é professor do Estado de São Paulo desde 2013. Por opção, leciona nas áreas mais periféricas. É historiador com pós graduação em e Psicopedagogia, Arte e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, e atualmente estudante de Ciências Sociais. Fundador do Coletivo Cultura Viva, um movimento de propagação das culturas indígenas da América através de eventos culturais e produções audiovisuais, produziu e lançou em 2019 um documentário sobre como os Guaranis transmitem seus conhecimentos originários para suas crianças através do canto. O documentário é intitulado “Vozes Guarani”.


Novembro de 2020 na Monstro dos Mares 🖨️

Esta é quarta vez que tento escrever o que aconteceu em nossa editora durante o mês de Novembro e fico confuso por onde começar. Foi bem puxado, mas não foi difícil, porque temos muita satisfação em fazer livros e zines para distribuir aos diversos recantos do país. O que foi mais complicado mesmo foi fazer tudo isso acompanhando as notícias aqui da pacata e distante Ponta Grossa, um descampado existencial no interior do Paraná. Aconteceram tantas coisas: pandemia, apagão, testes apodrecendo num galpão, o assassinato de João Alberto por um brigadiano (PM) fazendo bico no Carrefour em Porto Alegre, forte estiagem, eleições estadunidenses, eleições no Brasil, segundo turno, segunda onda. É tanta notícia ruim que parece ser um ano inteiro!

Justiça para Beto: A revolta ardeu nas ruas, não apenas em Porto Alegre.

A pandemia ligou todos os alertas sobre a importância e a necessidade de espaço, convivência com outras pessoas e consigo. Depois de oito meses sem sair do apartamento, decidimos nos mudar. Novembro foi o primeiro mês da editora instalada em seu novo endereço. Agora é possível produzir e viver, respirar melhor, botar o pé na grama, esticar o corpo e, óbvio, fazer livros em qualquer horário. Conseguimos fazer a manutenção na guilhotina, organizar envios de muitos materiais para distribuição gratuita… Neste mês foram destinados 139 livros e 222 zines para diversos movimentos, bibliotecas comunitárias e singularidades. Temos a certeza de que estamos cumprindo nosso objetivo de espalhar ideias pelos sete mares.

Também conseguimos avançar muito em nosso projeto de energia solar e agora estamos utilizando o sol em 100% da atividade da editora, tanto na impressora, como em computadores, periféricos e tudo mais. Estamos com a carga cheia de alegria ao aprender e compartilhar conhecimentos em torno da busca pela autonomia. Fizemos a impressão do zine de número dez mil (10.000) utilizando energia renovável.

Não tivemos feira do livro nem eventos neste ano, mas conseguimos dar um belo e moral desconto para as pessoas que nos acompanham nas redes sociais para que Novembro tenha sempre aquele gostinho de muitos livros.

Confira nossos números de Novembro:

  • Impressões de Novembro de 2020: 34.623
  • Livros impressos: 456
  • Livros distribuição gratuita: 139
  • Zines impressos: 1382
  • Zines distribuição gratuita: 222
  • Kw gerados e consumidos com energia solar: 27Kw

Numerologia: Hotsite com informações sobre nossos números mensais/anuais 🔮
https://monstrodosmares.com.br/numerologia

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