Ocupa GP Aurora: uma ocupação em quadrinhos

Hoje, dia 15/06, Jonas Josè de Albuquerque Barros, estudante e dirigente do Grêmio estudantil do Ginásio Pernambucano, assassinado no dia 1º de abril de 1964 pelo exército brasileiro, completaria 74 anos. A preservação da sua memória é fundamental para a organização e luta dos e das estudantes neste momento, em que o autoritarismo militarista nos ameaça com palavras e ações que seguem a experiência do fascismo histórico.

Por isso, o Grupo de Ação e Pesquisa das Ocupações Escolares (GAPOE) decidiu realizar nesta data importante o lançamento deste registro histórico inédito, produzido por estudantes e apoiadora(e)s que participaram da ocupação do Ginásio Pernambucano Aurora, ocorrida em 2016, no contexto da luta contra a aprovação da PEC do Teto dos Gastos e do sucateamento geral da educação pública.

O material trata dos acontecimentos de 2016, que levaram a uma onda de ocupações escolares e universitárias em várias cidades do país. São revelados detalhes da preparação da ocupação, bem como os princípios e práticas políticas presentes durante sua breve, mas importante existência. O zine destaca a luta das mulheres contra a opressão de gênero dentro da ocupação, na conquista da igualdade e rotatividade das tarefas. Por fim, é feita uma breve análise da situação política, que apesar de desatualizada em relação a atual pandemia, se mantêm importante em muitos aspectos. O zine termina com um chamado à organização estudantil e popular, baseada nos princípios e práticas vivenciadas na ocupação.

Informações via @ocupagpaurora no Instagram

Onde encontrar: Adágio Anarco Livros, Belo Horizonte, MG.

A cada semana a Monstro dos Mares divulgará banquinhas e livrarias que distribuem nossas publicações e espaços comunitários onde é possível consultar os livros e zines. Não é a tarefa mais simples decidir a ordem em que essa listagem será publicada, então decidimos abraçar o caos e permitir que o nome venha, que possa emergir por sua própria natureza em cada semana.

Agradecemos imensamente todos os espaços comunitários e libertários que se achegam para receber nossos livros e zines em suas bibliotecas, fazemos questão de enviar um pacote e quando possível um pacotão. Dependemos basicamente dos apoios em nossa Rede de Apoio para fortalecer as impressões e correios desses materiais, então com um pouco de paciência, demora um pouquinho mas chega.


Adágio Anarco Livros

As amizades da Adágio Anarco Livros entraram em contato conosco para distribuir nossos livros e zines em Belo Horizonte (MG) e ficamos felizes em poder contar com a boa vontade de compas em colocar a banquinha na rua, fazer o corre de carregar livros pra lá e pra cá. Só quem já fez essa fita de chegar cedo no evento e sair tarde carregando um monte de material sabe o quão valioso é o bonde de quem a “feira” acontecer. Pois não existe uma feira de livros sem livros, sem banquinhas, livreiros e editoras presentes. Por isso nosso máximo respeito a monas, minas e manos que puxam esse barco. É nóis!

Além dos livros e zines novos de editoras anárquicas e anarquistas, a Adágio leva seu tempo, moderadamente lento, para entre os corredores moderadamente cheios dos sebos de BH, para garimpar textos de literatura com temática libertária, anarquista, autônoma, autogerida, livre. Você pode pegar diretamente com as pessoas na banquinha em eventos ou combinar entregas e envios pelos correios através da página do Facebook da livraria.

Adágio Anarco Livros
[email protected]
facebook.com/adagiolivros

OcupaPOA: Ocupar o Mundo

Aos 38 dias de ocupação na Praça da Matriz, o OcupaPOA recebeu pessoas de vários lugares do mundo, unindo suas lutas, angústias e filosofias contra os atuais sistemas excludentes e desiguais. O OcupaPOA, nesses dias de resistência, foi sede do primeiro encontro mundial do movimento Occupy na América Latina. Com mais de 70 participantes na atividade, estiveram presentes ativistas dos Estados Unidos, França, Grécia, Londres, Suécia e Tunísia, além de integrantes da Ocupa de Brasília.

Essa troca de experiências, informações, dores, sabores e vitórias foi possível devido às falhas no sistema de apropriação política por parte de eventos realizados nesta semana (24/29 de Janeiro). Xs ocupantes conversaram durante 5 horas nas sombras do Guarapuruvú e do Flamboyant Vermelho em frente ao acampamento. As traduções simultâneas e o almoço coletivo surgiram de forma orgânica.

As evidentes diferenças de idioma, realidade econômica e cultural das mobilizações são reconhecidas, bem como as semelhanças na identificação dos agentes opressores, motivações, ideias e iniciativas dos coletivos. As preocupações locais que deram início às ocupações uniram-se em causas comuns como a democracia real, anti-capitalismo, questões ambientais (agronegócio, alimentos transgênicos, o novo código florestal e a construção de usinas hidrelétricas), a luta das classes trabalhadoras, liberdade, apartidarismo, ação direta.

Pessoas do mundo, ocupem as ruas e façamos o futuro hoje!

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