[Evento] Monstro dos Mares no 7º Encontro Paranaense de Bibliotecários

Bibliotecárias e bibliotecários compartilham uma história com ativistas pelos direitos humanos. São profissionais com responsabilidade social e consciência da importância de que seus acervos estabelecem relações significativas com o conhecimento de pessoas de todas as idades. No Brasil e em toda parte, a colaboração entre bibliotecárias e bibliotecários e suas comunidades ainda possui registros escassos. Há pouca documentação sobre a prestação de serviços de referência, letramento digital, orientação a imigrantes, entre outras tantas atividades no contexto de trabalho de uma biblioteca socialmente responsável. Em contrapartida, ao norte do mundo existem diversos coletivos que são exemplos de vínculos extrainstitucionais nessa relação entre a biblioteca, seu espaço constituído, a comunidade, coletivos, estudantes e bibliotecárias/os. Pode-se citar alguns como Radical Reference (RR), Progressive Librarians Guild, American Library Association (ALA), Occupy Library, entre outros.

Os saberes, fazeres, pensamentos e anseios de nossa gente estão expressos em diversos suportes, meios e formatos. Da palavra escrita no muro, nas rimas da quebrada, nos aromas das receitas, cantos, rezas, na galeria, na academia, nos artigos, revistas e publicações diversas. O nosso tempo possui inúmeros registros e as bibliotecas, as bibliotecárias e bibliotecários são aquelas que articulam os encontros entre quem busca por mais conhecimentos e seus registros. São essas monas, minas e manos das bibliotecas que unem uma história em quadrinhos com as lutas antirracistas; que possibilitam o acesso aos recursos tecnológicos para ver e ouvir os pássaros da região dos Campos Gerais do Paraná; são as bibliotecárias e bibliotecários que colocam ao alcance do público uma coleção de jornais operários do início do século passado, quando trabalhadoras e trabalhadores faziam a própria imprensa; são essas pessoas que fazem o resgate, catalogação, difusão e multiplicam boas ideias.

Na Editora Monstro dos Mares temos três pessoas bem próximas que são bibliotecários: Celvio, Paulo Freitas e Fábio Maciel. E nossa compa Giss, que está trilhando o caminho da formação nessa área. Essas pessoas nos apresentam diversas bibliotecas comunitárias, movimentos sociais e coletivos. Também saudamos grupos, movimentos sociais, coletivos e organizações anárquicas e anarquistas que mantém centros de documentação, registros e acervos disponíveis para consulta. Podemos citar o Centro de Cultura Social de São Paulo (CCS), Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri (Nelca), a biblioteca “A conquista do pão”, do Ateneu Libertário A Batalha da Várzea e outras iniciativas lindas e maravilhosas como a Biblioteca Comunitária Girassol, Livro Livre Curió, Centro Cultural Professor Tonhão, Fanzinoteca do IF Macaé, Biblioteca da Kasa Invisível e as diversas bibliotecas de okupas, restaurantes veganos, gelatecas, sebos e até mesmo acervos particulares bem consolidados como da nossa querida amiga e apoiadora Angela Natel. Citamos apenas alguns, uma vez que estamos em contato com tantos espaços maravilhosos que fazem nossas ideias circularem.

Sabemos que bibliotecas são muito mais do que livros, também são cartoneiras, jogos, música, fanzines… Por isso ficamos radiantes com a oportunidade de participar do 7ª Encontro Paranaense de Bibliotecários, que acontecerá aqui na cidade Ponta Grossa, onde estamos nesse período. O evento será entre os dias 25 e 27 de Maio de 2022 e contará com presenças de profissionais do segmento. Nesta edição, o encontro terá o tema “Bibliotecário e Mudança Social”. Estaremos todas as noites do evento na entrada do Grande Auditório do Bloco A da UEPG.

PROGRAMAÇÃO

25/05/2022

  • 14h – Reunião Técnica Diretores de Bibliotecas – Reunião técnica apenas para diretoras(es) de biblioteca(s). Tema: “Juntos somos mais fortes, unidos somos melhores”. Coordenação: Bibliotecária Neide M. J. Zaninelli, diretora do Sistema de Bibliotecas da UEL. Local: Biblioteca Publica Municipal Prof. Bruno Enei.
  • 18h-19h – Entrega do material do encontro
  • 19h-19h15 – Composição da mesa de autoridades
  • 19h15 – 19h30 – Momento Cultural – Apresentação da Banda Escola Lyra dos Campos
  • 19h30 – 21h30 – Palestra de Abertura – Palestrante: Ignácio de Loyola Lopes Brandão. Tema: Se as bibliotecas soubessem do que elas são capazes. Local: Grande auditório Bloco A – Campus Central – Universidade Estadual de Ponta Grossa – Ponta Grossa (Praça Santos Andrade, 01 – Centro, Ponta Grossa – PR, 84010-330)

26/05/2022

  • 8h30 – Momento cultural
  • 8h45 – 11h30 – Palestrante: Waldomiro de Castro Santos Vergueiro. Tema: Responsabilidade social do Bibliotecário. Local: Grande auditório Bloco A – Campus Central UEPG.
  • ​13h30 – Momento cultural
  • 13h35 – 16h – Palestrante: Nelson Oliveira da Silva. Tema: Empreendedorismo e superação em tempos de crise. Local: Grande auditório Bloco A – Campus Central UEPG.
  • 19h15 –19h30 – Momento cultural
  • 19h30 – 21h30 – Palestrante: Oswaldo Francisco de Almeida Júnior. Tema: Informação, mediação e sociedade. Local: Grande auditório Bloco A – Campus Central UEPG.

27/05/2022

  • Passeio turístico Buraco do Padre: horário de saída será combinado no evento
  • Local almoço e jantar para dia 27/05 serão informados posteriormente.
  • 19h – 19h15 – Momento cultural
  • 19h15 – 21h30 – Palestra de Encerramento com jantar Palestrante: Cristian José Oliveira Santos Brayner. Tema: As bibliotecas como espaços de defesa dos direitos humanos

Informações e inscrições no site do 7º Encontro Paranaense de Bibliotecários: https://www.encontroprbibliotecarios.com.br

“Anarquismo é criar bibliotecas”

Para alguns, ser anarquista também é lutar contra o estigma da violência. No caso de Toby, responsável pela biblioteca anarquista mais antiga do México, a luta imediata é humanizar nossas formas de convivência. “O que você ganha quebrando uma vitrina? Amanhã vão colocar outra”, questiona.


CIDADE DO MÉXICO – Toby detém uma das maiores coleções bibliográficas sobre anarquismo no continente. O homem, na casa dos cinquenta, é anarquista e pacifista até a medula, o que para ele é o mesmo. Seus óculos têm a rigidez de um arame e ele parece dispensar quase tudo, até mesmo o sobrenome: insiste que eu o cite como “Toby da Biblioteca Reconstruir”.

A Biblioteca Social Reconstruir foi fundada pelo anarquista Ricardo Mestre, refugiado da Guerra Civil Espanhola que em 1976, nos anos da mais dura perseguição política ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), abriu uma biblioteca pública com seus livros. Mestre faleceu e agora Toby cuida da livraria localizada a algumas ruas da estação do metrô La Raza, ao norte da Cidade do México.

Na entrada, que é aberto ao público, há uma placa proclamando “Liberdade e não-violência”. Quando pergunto a Toby Sem Sobrenome por que paz? ele conta a seguinte história:

Nos anos em que Mestre esteve na Espanha, os donos da fábrica onde ele trabalhava contratavam fura-greves para arruinar uma greve de trabalhadores. Os confrontos viraram até tiroteios. Em uma ocasião, Mestre atirou contra um fura-greve que ficou apenas ferido.

Anos depois, numa turnê de propaganda, ele foi questionado por alguns participantes sobre seu local de origem. O Mestre respondeu que era de Villanueva y Geltú, ao que um dos presentes respondeu que aquele lugar trazia lembranças ruins, pois em uma época em que sua família estava literalmente morrendo de fome lhe ofereceram um péssimo emprego e a necessidade o fez aceitar, mas ele descobriu que teve que enfrentar alguns grevistas e nos tumultos foi espancado, perseguido e que tomou um tiro.

O Mestre percebeu que tinha sido o homem que atirou nele e em suas memórias reflete: “Como é possível que nós anarquistas tenhamos matado um homem por causa de coisas materiais? Fomos capazes de matar um homem que entrou no conflito, não por ser um traidor, mas por causa da fome, por causa da miséria?”.

O Mestre entendia o anarquismo de uma perspectiva muito mais ampla: se os fins eram bons, os meios tinham que ser bons, explica Toby.

Toby, na Biblioteca Social Reconstruir.
Toby, na Biblioteca Social Reconstruir. Foto: José Ignacio de Alba.

— Como você explicaria o anarquismo para alguém que não conhece o termo?

As pessoas não entendem bem o conceito e a imprensa ou o Estado se encarregam de dizer que anarquismo é caos, desordem, quando significa o contrário. O anarquismo cria uma sociedade organizada sem governo, ou seja, há organização. Basicamente, quando surge um problema, discutimos juntos, o que é acompanhado por uma ação direta; existe um problema, nós resolvemos nós mesmos, sem intermediários.

— Tem gente que associa a ação direta com a violência, e não é bem assim né?

Não, não, não. Ação direta é quando você tem um problema de criminalidade na vizinhança, ou com o lixo, qualquer coisa. Você cria um acordo com os vizinhos e eles arrumam na hora, ou seja, ação direta. É como se você quisesse sair com uma garota, você não vai dizer ao seu amigo “veja se ela quer sair comigo.” Não! Você vai pessoalmente fazer as coisas, isso é ação direta. Sempre foi assim, no anarcossindicalismo é o trabalhador que vai direto no patrão: essas são as nossas condições! Sem ter um advogado que vai falar por eles. A ação direta é para aqueles envolvidos em resolver seus próprios problemas.

Toby explica que o anarquismo chegou ao México em 1861 com o grego Plotino Rhodakanaty, que fundou o grupo Estudantes Socialistas, onde floresceram diferentes movimentos. Um dos participantes mais proeminentes era Julio Chávez López, que organizou uma revolta camponesa em uma área entre Chalco e Puebla.1 Os rebeldes queimaram terras e títulos de propriedade até que o movimento foi suprimido militarmente e Chávez López foi fuzilado.

— Este movimento influenciou a Revolução?

— Não, porque o problema do México e de toda a humanidade é que a memória se perdeu, não há continuidade; Além disso, o Porfirismo2 foi encarregado de apagar a história dessas rebeliões.

O anarquismo no México voltou a florescer no século 20, com os irmãos Flores Magón, Librado Rivera, Práxedis G. Guerrero, entre outros. Aqueles eram os tempos da Revolução e do jornal anarquista Regeneração que circulou em várias cidades. O Partido Liberal Mexicano lutou em vários lugares, a popularidade do anarquismo causou seu isolamento com outros revolucionários, como o Francismo I. Madero.

Toby explica que a Constituição em vigor no México, desde 1917, tem vários elementos anarquistas. Por exemplo, as jornadas de trabalho de 8 horas, o dia de descanso e a autonomia municipal são elementos magonistas.

— Qual é a situação do anarquismo no México?

— Atualmente as cidades são muito grandes, são poucos os que lutam pelo anarquismo. Isso indica que vai dar muito trabalho. Mais do que perfeição, buscamos mais elementos de liberdade. Se tivéssemos força para derrubar o Estado e poder nos apropriar dos meios de produção, o faríamos; Mas enquanto não podemos, estamos formando espaços: criamos bibliotecas, promovemos a pedagogia libertária, apoiamos grupos que fazem rádios livres, localizamos gente que têm espaços ociosos na comunidade. Estamos criando espaços e procurando uma maneira de levar o anarquismo a coisas muito básicas. Por exemplo: anarquismo é criar bibliotecas.

— Que avaliação você faz do que aconteceu no dia 2 de Outubro com a violência durante o protesto?3

— Quando alguém quebra uma vidraça, pergunto: “O que você ganha quebrando uma vitrina? Amanhã vão colocar outra”, questiona. Essas cenas ficam boas apenas nas fotos, mas isso não faz a menor diferença. A violência se torna uma espécie de carnaval, onde as pessoas gritam “Morte ao Estado!” e depois voltam à normalidade. Temos que repensar a eficácia do que fazemos agora. É na mente e no coração que devemos fazer a mudança, antes de usar armas.

Toby garante que as pessoas mais violentas durante as marchas são as primeiras a sair do anarquismo, “porque você não vai vencer um Estado de violência com sua suposta violência”. Além disso, ele garante que as pessoas que agem com violência durante as marchas tendem a ter “ideias burguesas” sobre o anarquismo, e agem como o Estado quer concebê-las.

— Como você traz o anarquismo para a vida diária?

— Tornando as coisas que você faz todos os dias mais humanas.

Toby recomenda a leitura de Ideologia anarquista de Ángel J. Capelleti para quem deseja saber mais sobre o assunto.

Texto: Ignacio de Alba
Fotos: Daniel Lobato e Ignacio de Alba
Publicado em Pie de Pagina em 6 de Outubro de 2019
Tradução: DaVinci
Notas, revisão e versionamento: Baderna James


Importante

Nota da Monstro dos Mares: Podemos não concordar com as ideias de Toby sobre alguns temas, mas concordamos plenamente que é necessário e urgente criar mais espaços sociais comunitários como o hacklab, a rádio livre e a biblioteca, independentemente de qualquer divergência.

  1. Nota da edição: Puebla, oficialmente Heroica Puebla de Zaragoza, é um município do México, capital do estado de Puebla. []
  2. Nota da edição: O Porfirismo na história do México, é o período de 30 anos durante o qual governou o país o general Porfirio Diaz. []
  3. Nota da edição: Grandes protestos em memória aos 51 anos (2019) do Massacre de Tlatelolco, onde militares abriram fogo contra centenas de estudantes e civis que protestavam contra a realização dos Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México. []

Biblioteca Anarquista Lusófona

Biblioteca Anarquista Lusófona (logo)
www.bibliotecaanarquista.org

As chaves de uma biblioteca podem abrir novas ideias! O projeto da Biblioteca Anarquista Lusófona está no ar e precisa de sua participação e divulgação. A Biblioteca Anarquista Lusófona é um repositório de textos anarquistas e de interesse para anarquistas. Baseia-se no The Anarchist Library e tem a mesma estrutura do site em inglês.

No que se refere ao uso do termo “anarquismo” na biblioteca, aceita-se que esse é um termo bastante amplo. Mas amplo não significa infinito, e, basicamente, se reduz a um conjunto de ideias contra o Estado e o Capital. Todas as ideias anárquicas e anarquistas que estejam identificadas com essa definição são bem-vindas. Isso exclui imediatamente o chamado “anarco-capitalismo”, o “anarco-nacionalismo” e porcarias similares.

A Biblioteca Anarquista Lusófona foi traduzida e é mantida por um conjunto de pessoas de variados espectros e entendimentos do anarquismo. Toda pluralidade e diálogo comum entre nós é frutífero. Por isso, a biblioteca não é de uma pessoa, nem pertence ao grupo x ou y. Tampouco é vinculada a uma determinada corrente / organização. Qualquer pessoa pode inserir novos textos e fazer download de arquivos para leitura e impressão.

Inserir textos na biblioteca

Para contribuir inserindo textos no repositório da biblioteca, basta você saber a origem do texto, ou seja, de onde ele foi extraído: a fonte. A familiaridade com editores de textos também é bem-vinda. Se você souber um pouquinho de HTML ou Markdown, vai ajudar bastante.

Tempo necessário: 30 minutos

  1. Selecione um texto

    Com certeza você tem uma pastinha com muitos arquivos de textos anárquicos e anarquistas. Verifique a fonte do texto e pense como ele pode ser importante para outras pessoas;

  2. Evite a duplicação

    É bem importante verificar se o texto não está disponível na biblioteca. Confira a lista completa por ordem alfabética;

  3. Adicionar um novo texto

    Agora é a hora de adicionar um novo texto. Você pode utilizar o sinal de + na parte superior da página ou o link no rodapé. Lembre-se que é necessário estar registrado no site para prosseguir;

  4. Cadastrar as informações básicas

    Agora é a hora de cadastrar o título do texto, autor, data original de publicação, fonte (origem) do texto, palavras chave, outras informações e colar o texto. Avançar!

  5. Revisar o texto

    Lembre-se de revisar o texto. Utilizar um navegador moderno com um pacote de idiomas e corretor de texto atualizado é uma ótima pedida. Evite utilizar formatações importadas do Word. Para colar sem as formações você pode utilizar o comando (control + shift + v, ou command + shift + v, se utilizar sistema operacional Apple). Se possível, remova todas as marcações <br> ou </br>.

  6. Revise as notas de rodapé

    Para utilizar notas de rodapé, basta inserir em qualquer parte do texto o número da nota dentro de colchetes, por exemplo:

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Pellentesque consectetur, sem eget ultrices fermentum, turpis augue venenatis diam, in rhoncus lacus risus non sem[1].

    No final do texto, em uma nova linha, adicione a sentença “número da nota de rodapé entre colchetes espaço texto da nota”. Veja o exemplo:

    [1] Texto da nota de rodapé, 2020.

  7. Visualizar as modificações

    Enquanto você revisa o texto, é possível visualizar como ele está ficando. Esse processo ajuda muito para verificar se as modificações realizadas deram certo;

  8. Enviar

    Tudo certo? Agora, basta enviar! Voluntários e voluntárias da Biblioteca Anarquista Lusófona farão a revisão e publicação do material. Tenha um pouco de paciência, pois cedo ou tarde você vai receber recomendações de modificações/revisões ou informações sobre a publicação do texto.

  9. Obrigada!

    Só é possível manter o repositório on-line se as pessoas utilizarem a biblioteca. Use e divulgue.


Recursos avançados

Com a Biblioteca Anarquista Lusófona é possível:

  • Contribuir com revisões em textos;
  • Fazer o donwload do texto em diversos formatos de leitura (html, pdf, ePub, LaTex);
  • Baixar o arquivo pdf para leitura ou pronto para impressão de caderno (booklet);
  • Adicionar o texto em sua seleção pessoal e criar um livro com os textos selecionados (bookbuilder);
  • Selecionar somente um trecho do texto para formar uma coleção de citações;

Suporte da biblioteca

Algumas pessoas estão on-line em um pequeno grupo no Telegram (https://t.me/bibliotecaanarquistalusofona) neste exato momento para ajudar quem tem dúvidas sobre como utilizar a biblioteca. Se precisar de auxílio a qualquer momento, não hesite em participar do grupo. E, se puder, auxilie outras pessoas também.


A Editora Monstro dos Mares apoia a Biblioteca Anarquista Lusófona sem nenhum tipo de vínculo.

Onde encontrar: Adágio Anarco Livros, Belo Horizonte, MG.

A cada semana a Monstro dos Mares divulgará banquinhas e livrarias que distribuem nossas publicações e espaços comunitários onde é possível consultar os livros e zines. Não é a tarefa mais simples decidir a ordem em que essa listagem será publicada, então decidimos abraçar o caos e permitir que o nome venha, que possa emergir por sua própria natureza em cada semana.

Agradecemos imensamente todos os espaços comunitários e libertários que se achegam para receber nossos livros e zines em suas bibliotecas, fazemos questão de enviar um pacote e quando possível um pacotão. Dependemos basicamente dos apoios em nossa Rede de Apoio para fortalecer as impressões e correios desses materiais, então com um pouco de paciência, demora um pouquinho mas chega.


Adágio Anarco Livros

As amizades da Adágio Anarco Livros entraram em contato conosco para distribuir nossos livros e zines em Belo Horizonte (MG) e ficamos felizes em poder contar com a boa vontade de compas em colocar a banquinha na rua, fazer o corre de carregar livros pra lá e pra cá. Só quem já fez essa fita de chegar cedo no evento e sair tarde carregando um monte de material sabe o quão valioso é o bonde de quem a “feira” acontecer. Pois não existe uma feira de livros sem livros, sem banquinhas, livreiros e editoras presentes. Por isso nosso máximo respeito a monas, minas e manos que puxam esse barco. É nóis!

Além dos livros e zines novos de editoras anárquicas e anarquistas, a Adágio leva seu tempo, moderadamente lento, para entre os corredores moderadamente cheios dos sebos de BH, para garimpar textos de literatura com temática libertária, anarquista, autônoma, autogerida, livre. Você pode pegar diretamente com as pessoas na banquinha em eventos ou combinar entregas e envios pelos correios através da página do Facebook da livraria.

Adágio Anarco Livros
[email protected]
facebook.com/adagiolivros

[evento] No fundo do poço habita o monstro

“Enfie os pés no balde e segure firme na corda enquanto alguém gira a manivela. Pouco a pouco as paredes escuras do poço pintam toda a sua visão do mais puro breu, a temperatura baixa e a umidade do lugar toma conta dos seus ossos.

A corda desce, o balde se movimenta quebrando o silêncio sepulcral do poço, o eco do tilintar de pequenas pedrinhas e das goteiras dão a noção aos seus sentidos da altura em que estás, girando pela manivela é possível perceber que a água está cada vez mais próxima.

Lentamente seus pés mergulham, o corpo inteiro se resfria, rapidamente os tentáculos abraçam, envolvem e puxam sua carcaça humana para dentro do estômago do grande monstro. Lá, deslizando pelo tobogã ondulado da traqueia, repousas solenemente nos braços de seus companheiros e companheiras de luta para uma reunião.

Ao final do encontro sairás cuspida e mastigadamente, retornarás à palidez da superfície radiante de energia transformadora (ou pode ser apenas a baba de todas as conversas). Depois de dias de lutas e noites de amor, o carinho dos abraços, das rodas de chás e do sono perdido, serão não somente as boas histórias para contar deste mergulho e entregas no fundo do poço.”

Encontro de apresentação da Editora Artesanal Monstro dos Mares, debate sobre livros artesanais, recepção de novxs autorxs, inicio das atividades da garagem cultural biblioteca libertária e a urgência da literatura marginal nos dias de hoje.

Dia 24/09
19 horas
Rua Dona Hermínia, 2392.
Trazer contribuição para o jantar (dinheiro ou alimentos), se possível.
Cardápio será definido na hora.

Traga seu pendrive, notebook, tablet ou celular para troca troca de arquivos digitais.
Wi-Fi Free

Aceitamos doações de livros, revistas em quadrinhos, filmes em dvd e discos de vinil para o projeto da garagem cultural.

www.monstrodosmares.com.br

[evento] No fundo do poço habita o monstro

“Enfie os pés no balde e segure firme na corda enquanto alguém gira a manivela. Pouco a pouco as paredes escuras do poço pintam toda a sua visão do mais puro breu, a temperatura baixa e a umidade do lugar toma conta dos seus ossos.

A corda desce, o balde se movimenta quebrando o silêncio sepulcral do poço, o eco do tilintar de pequenas pedrinhas e das goteiras dão a noção aos seus sentidos da altura em que estás, girando pela manivela é possível perceber que a água está cada vez mais próxima.

Lentamente seus pés mergulham, o corpo inteiro se resfria, rapidamente os tentáculos abraçam, envolvem e puxam sua carcaça humana para dentro do estômago do grande monstro. Lá, deslizando pelo tobogã ondulado da traqueia, repousas solenemente nos braços de seus companheiros e companheiras de luta para uma reunião.

Ao final do encontro sairás cuspida e mastigadamente, retornarás à palidez da superfície radiante de energia transformadora (ou pode ser apenas a baba de todas as conversas). Depois de dias de lutas e noites de amor, o carinho dos abraços, das rodas de chás e do sono perdido, serão não somente as boas histórias para contar deste mergulho e entregas no fundo do poço.”

Encontro de apresentação da Editora Artesanal Monstro dos Mares, debate sobre livros artesanais, recepção de novxs autorxs, inicio das atividades da garagem cultural biblioteca libertária e a urgência da literatura marginal nos dias de hoje.

Dia 24/09
19 horas
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Trazer contribuição para o jantar (dinheiro ou alimentos), se possível.
Cardápio será definido na hora.

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