Podcast: Manifestos Cypherpunks no Muvuca Hack Festival

Neste episódio do podcast, o organizador da coleção Tecnopolítica, Leo Foletto (jornalista, pesquisador e editor do BaixaCultura) e Baderna James (editor e livreiro na Monstro dos Mares) participaram neste dia 20 de Novembro do terceiro dia de encontros do Muvuca Hack Festival, um evento on-line sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre organizado pelo Hackerspace MateHackers, sediado em Porto Alegre.

A conversa rolou num clima de descontração, e foram apresentadas as publicações que deram início à difusão impressa dos textos do BaixaCultura: o primeiro título da coleção sobre tecnopolítica “A ideologia Californiana“, publicada pela editora Monstro dos Mares, e também sobre o livro “A cultura é livre“, que Leo Foletto escreveu e publicou pela Autonomia Literária (com prefácio de Gilberto Gil). Logo mais, o papo introduziu os principais conceitos do livro “Manifestos Cypherpunks“, como surgiram os textos, como foram compilados nessa edição e a trajetória da campanha de financiamento coletivo que viabilizou a impressão e distribuição de 567 exemplares do livro.

Decidimos apresentar a conversa em formato de áudio para as pessoas que preferem apenas ouvir enquanto fazem outras coisas. Acreditamos que o podcast é um ótimo formato para difusão e compartilhamento de ideias através de boas conversas. A editora não tem nenhuma preocupação com a periodicidade ou temática do seu podcast e novos conteúdos surgem na medida do possível. Você pode acompanhar pelo seu agregador favorito através de nossa página no Anchor.fm ou baixar os episódios em MP3 aqui no blog.

O Muvuca Hack Festival tem uma ampla programação com diversas atividades sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre. O evento apresenta uma variedade de temas como educação, cultura de software livre, dados abertos, robótica, desenvolvimento, anonimato/criptografia e lançamento de livro. Um dos destaques é que nessa edição 50% das atividades serão ministradas por mulheres. As inscrições são gratuitas, todas as atividades são online e você confere toda a programação no site do Muvuca Hack Festival: muvuca.matehackers.org

Ouvir o podcast


Assistir ao lançamento


Muvuca: a Monstro dos Mares colando com o hack festival do MateHackers

Entre os dias 06 e 27 de Novembro de 2021 acontece o Muvuca Hack Festival, com diversas atividades sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre realizado pelo MateHackers. O evento terá ao todo 12 encontros, sendo três em cada sábado (simples de memorizar: todo sábado tem) e apresentará uma variedade de temas como educação, cultura de software livre, dados abertos, robótica, desenvolvimento, anonimato/criptografia e lançamento de livro. Um dos destaques é que nessa edição 50% das atividades serão ministradas por mulheres, conferindo a elas a merecida visibilidade na área.

Dentre a programação do Muvuca, no primeiro dia do evento (06 de Novembro) a abobrinha (editora-geral) vai apresentar os processos, ferramentas e metodologias utilizadas pela editora para fazer livros e zines com softwares livre e disponibilizados em copyleft. No dia 20 de Novembro, Leo Foletto, vai apresentar o livro “Manifestos Cypherpunks“, organizado por ele e lançado conjuntamente entre o BaixaCultura e a Monstro dos Mares.

As inscrições são gratuitas, todas as atividades são online e você confere toda a programação no site do Muvuca Hack Festival:

muvuca.matehackers.org

Produção editorial utilizando software livre, dia 06 de Novembro às 17h no Muvuca Hack Festival.
Lançamento do livro "Manifestos Cypherpunks" com Leo Foletto, dia 20 de Novembro às 17h no Muvuca Hack Festival.

Muvuca recomendada

Agradecimentos “Manifestos Cypherpunks”

Nossa campanha se encerrou no último dia 1º de Setembro, com R$11.697,00 arrecadados, 241 apoiadores e 731% do valor atingido. A todas as pessoas que nos apoiaram, gracias!

Já comentamos o quanto estamos felizes e surpresos com o alcance da campanha e de como essa será a maior tiragem (até aqui) de um livro artesanal da Monstro dos Mares, com 500 cópias, praticamente todas elas já com endereço certo para ir. Ainda teremos alguns exemplares no site da Monstro e em banquinhas por aí (se a pandemia permitir). E 50 exemplares a serem distribuídos para bibliotecas e centros culturais.

Boa parte dos “Manifestos Cypherpunks” já estão impressos, bem como a maior parte das outras recompensas. Agora, estamos aguardando entrar os 10 dias úteis do Catarse para receber o valor arrecadado e então começar a enviar os pacotes para 21 estados brasileiros via Correios. Esperamos que no final deste Setembro e no início de Outubro os livros começam a chegar.

Qualquer dúvida nos escrevam. Mais uma vez obrigado!

Seguimos,

BaixaCultura e Monstro dos Mares


Apoiadoras e Apoiadores

Apoios anônimos

Ageu Silva
Akira e zbrsk
Alberto Torres
Alexandre Souza
Alexandre Tomy
Alexis Peixoto
Allan Felipe Fenelon
AllanGomes
Alphazine
Alysson G.
Ana Carolina Moreno
Ana Cunha
Ana Rauber
Anders Bateva
André “decko” de Brito
Andre da Silva Costa
André Freitas
André Houang
André Lucas Fernandes
André Ramiro
Andre Teixeira de Salles
Andrei Altamira
Andressa Vianna
Angela Natel
Antonio Assis Brasil
Barbara Castilho Maximo
Beatriz Martins
Beck Maurício
Bernardo Ramos Gall
Bruno Borges
Bruno Caldas Vianna
Bruno de Souza Bezerra
Bruno Moura
Cadós Sanchez
Cadu Simões
Caio Ramos
Caioau
Carla Arend
Carlos Eduardo Falcão Luna
Caroline Antonioli
Caru Campos
Cesar Lopes Aguiar
Christian Lima
Cindy Evelyn Peterson
Claudia Renata Capitanio
Cristiane Fronza
CryptoRave
Daniel Coelho de Oliveira
Daniel Rockenbach
Daniela Soares
Danilo Alves
Danilo Heitor Vilarinho Cajazeira
Davenir Viganon
Debbie Bertelhe
Débora Grama Ungaretti
Diego Alves
Diego Canto Macedo
Douglas Nunes Brandão
Eduardo Filipe Santos
Eduardo Henrique Maziero
Eliezer Pedroso Rosa
Ellen Ortiz
Elvio Pedroso Martinelli
Erik Teixeira Gonçalves Rodrigues
Evelyn Gomes
Fabio Barros
Fabricio Barili
Felipe Schneider
Fellipe Vieira
Fernando de Azevedo Alves Brito
Fernando Luis de Oliveira
Fernao Vellozo
Filipe Saraiva
Gabriel Ribeiro
Gabriel Vinicius Oliveira Soares
Guilherme Alves
Guilherme Magalhães
Guilherme Paixão
Gustavo Nicolau Gonçalves
Gustavo Pereira Dutra

Harim Britto
Helping With Code
Hendrik Nigul
Henrique Gustavo Miranda de Jesus Rodrigues
Henrique Novaes
Hiago da Silva Lacerda
Ian Fernandez
Ian Zwanck Goodwin
Igor Burle
Igor Henrique da Costa Morais
Iriz Medeiros
Isabela Baptista
Isadora Scopel
James William Pontes Miranda
Jean Luca Vedovato dos Santos
Jefferson de Freitas Silva
Jefferson Maier
Jeronimo Cordoni Pellegrini
João Eduardo Herzog
João Luiz Pena
João Moreno Rodrigues Falcão
João Victor Vieira Carneiro
João Vitor
José Domingues de Godoi Filho
Juliana Rosa
Karina Akemi Goto
Kemel Zaidan Maluf
Laetitia Valadares
Larissa Gdynia Lacerda
Leonardo Barbosa Rossato
Leonardo Koch Kewitz
Leonardo Nascimento
Lielson Zeni
Lillian Moura
Lorenzo
Luã Fergus Oliveira da Cruz
Lucas Eishi Pimentel Mizusaki
Lucas Gallindo
Lucas Lago
Lucas Loezer
Lucas M.A.C.
Lucas Prehs Visinoni
Luciana Salazar Salgado
Lucyan Butori
Luís Otávio Oliveira dos Santos
Luiz Denis Graça Soares
Luiz Paulo Colombiano
Lupi
Maralheios
Marcelo Lopes de Almeida
Marcelo Scrideli
Marcia Ohlson
Marcio Augusto
Márcio Conrado dos Reis
Marcos Antonio Peccin Junior
Marcus Antonius Soares da Silva
Marcus Repa
Marcus Vinícius
Mari Messias
Maria Eduarda Mesquita
Mariah Guedes
Marta Sofia da Fonseca Safaneta
Matheus
Matheus Grandi
Matheus Leite
Mauricio Marin
Maximiliano Saldanha de Oliveira
Miguel Antunes Ramos
Mobi Yabiku Neto
Monica Marques
Nanashara Ferreira Piazentin Gonçalves
Natali Mamani
Nathan Gomes Farias Neri
Nelson
Nelson de Luca Pretto
Panic
Pato
Paulo Almeida
Paulo Sergio
Paulo Vitor de Castilhos Lopes

Pedro Felipe Vergo Scheffer
Pedro Gil
Pedro Lucas Porcellis
Pedro Luiz Santos
Pedro Markun
Pedro Santos Teixeira
Pedro Teles
Professor Rodrigo
Rafael Ghiraldelli
Rafael Pinto
Ranulpho
Raphael Marques de Barros
Renato Dell
Rodolfo de Souza
Rodrigo Amboni
Rodrigo da Silva Freitas
Rodrigo Oliveira
Rodrigo Ortiz Vinholo
Rogerio Christofoletti
Rogerio Garcia de Oliveira
Roque Francisco
Rubens Ozorio Leão
Rudney Vinicius Gonçalves de Souza
Sandro Miccoli
Sávio Lima Lopes
Silvio Sidney Gomes dos Santos
Simone Caldas Vollbrecht
Stéfano Mariotto de Moura
Talita Souza
Tatiana Balistieri
Thiago Borne
Thiago Mendonça
Tiago Bugarin
Tito Guerra Bocorny Filho
Victor Augusto Tateoki
Victor Góis
Victor Perin
Victor Wolffenbüttel
Vinicius Yaunner
Vitor Diniz Kneipp
Vote Nelas
Wagner de Melo Reck
Willy Stadnick
Wllyssys Alves de Lima
Yasmin Curzi
Zaulao

Manifestos Cypherpunks: financiamento coletivo

Precisamos do seu apoio para viabilizar o lançamento e distribuição do livro “Manifestos Cypherpunks”, que é a segunda publicação da coleção “Tecnopolítica”, coordenada pelo BaixaCultura (laboratório online de cultura livre & contracultura digital) e a Editora Monstro dos Mares (divulgação acadêmica anárquica). Depois do lançamento de “A ideologia Californiana”, texto seminal da crítica ao neoliberalismo tecnocrático do Vale do Silício feito em 1995 por Richard Barbrook e Andy Cameron, o segundo volume da coleção reúne alguns dos primeiros alertas contra a vigilância massiva na era da internet. São textos escritos na época que a rede mundial dos computadores ainda engatinhava, entre o final dos anos 1980 até meados dos 1990, por pessoas que conheciam a fundo alguns aspectos dos aparatos técnicos que faziam funcionar a rede e queriam nos fazer ficar atentos a eles.

A publicação reúne:

  • Introdução “Criptografia em Defesa da privacidade”, que contextualiza a produção dos textos, escrito por Leonardo Foletto, organizador da publicação, editor do BaixaCultura, jornalista e pesquisador ;
  • “Por que eu escrevi o PGP”, de Philip R. Zimmermann (1991);
  • “Manifesto Criptoanarquista”, de Timothy C. May (1993);
  • “Manifesto Cypherpunk”, de Erick Hughes (1993), todos traduzidos do inglês pelo coletivo Cypherpunks e revisado por Victor Wolfenbüttel;
  • Posfácio “Retrospectiva e expectativa Cypherpunk”, escrito pelo pesquisador em criptografia e diretor do IP.Rec, André Ramiro, que recupera o histórico e a importância da discussão da criptografia para 2021;
  • Anexo, chamado “Cripto-Glossário”, escrito por Timothy C. May e Eric Hughes em 1992, documento histórico sobre os termos utilizados nos estudos e na prática da criptografia.

Originários de uma vertente da cultura hacker mais afeita a ação política, em contraponto a outra mais ligada ao liberalismo empreendedor das startups do Vale do Silício, os cypherpunks surgem nos anos 1990 dizendo que a única maneira de manter a privacidade na era da informação é com uma criptografia forte. Mais de trinta anos depois de sua gênese, o ideal dos cypherpunks ainda é presente sobre gerações de criptógrafos, programadores e ativistas, entre eles os reunidos em tornos das criptofestas em diversos lugares do mundo, entre elas a CryptoRave, principal evento da área no Brasil.

Esta publicação, realizada de maneira artesanal e independente, busca fomentar a discussão e o conhecimento crítico histórico sobre o legado dos cypherpunks num mundo onde a internet se tornou a principal ferramenta de vigilância do planeta.

Apoiar a campanha de financiamento coletivo:
https://www.catarse.me/manifestoscypherpunks

Manifestos Cypherpunks
Organização e introdução: Leonardo Foletto
Tradução: Coletivo Cypherpunks
Revisão da tradução: Victor Wolffenbüttel
Posfácio: André Ramiro
Diagramação e capa: Baderna James
Montagem e finalização: abobrinha
Revisão: Raphael Sanz

60 páginas A5 (14 x 21 cm);
Capa em papel colorplus de 180g;
Edição artesanal, lombada canoa, refilado;
Impressão em tinta pigmentada de alta qualidade;
Diagramação e impressão utilizando 100% de energia solar.

Reboot no site, HD queimado e Pandemia 🦠

Memórias do reboot: Estamos em casa, cheios de ansiedade.

Reboot no disco

Não saber o que fazer dentro de casa é uma questão curiosa. Esse ambiente deveria ser acolhedor, e ficar em casa deveria ser um alento. Mas fiquei perdido e decidi fazer um particionamento no disco rígido do computador de produção da editora, máquina THX1138, do segundo semestre de 2012. Vamos lá: utilitário de discos, partições, redimensionar, OK, reboot: BOOM! — silêncio — Perdi todos os dados do HD. Para minha sorte, 99,98% dos dados estavam presentes na ferramenta de backup online e na unidade de HD externo.

Reboot no site

Curiosamente, na mesma época eu havia solicitado um UPGRADE na conta da Monstro dos Mares no serviço de hospedagem que utilizávamos. Sem muita explicação, ao que tudo indica a conta foi DELETADA e foi criado um novo contrato com as configurações solicitadas para upgrade. Desta vez, o backup era um serviço associado à conta. Como essa conta foi excluída pela UOL Host, todos os nossos dados foram perdidos. Novo reboot. Foram três dias de muitos telefonemas e grande frustração. Ninguém sabia me explicar o que tinha acontecido, tampouco como seria reparado o problema. Até que eu desisti: estava sem disco no computador e sem site. Eu não conseguia mais dormir, nem ficar acordado. Meus olhos estavam cheios de dor.

Dos 202 itens de nossa loja virtual, conseguimos recuperar 175. Assim que possível, todos serão adicionados novamente. Dos 115 artigos do blog, foram recuperados 101. Essa recuperação foi um processo exaustivo. Tivemos que localizar, na Wayback Machine e no Cache dos principais buscadores, todos os produtos e artigos do site, baixar as imagens do Instagram e cadastrar cada item no WordPress mais uma vez, manualmente. Pude contar com abobrinha, ste e vikesl, que usaram parte do tempo de seu isolamento social para colocar o site no ar, agora utilizando outro provedor de serviços. Valeu gurias, sozinho eu não conseguira sobreviver a esse reboot!

Pandemia

Como se isso não fosse suficiente, o Corona Vírus 🦠, que já havia causado milhares de mortes na China, contaminou a Europa e chegou na América Latina afetando nossas vidas. Por muitos anos as consequências do que virá estarão presentes em nosso cotidiano. Entre erros e acertos.

Como a pandemia vai afetar as nossas vidas? Como será o cotidiano de nossas amizades, trabalhadoras e trabalhadores, moradores de rua, parentes? Faz quase uma semana que estamos em casa e já sabemos que este é somente o começo de profundas mudanças. Enquanto somos inundados por notícias e enxurradas de chorume das FakeNews, o oportunismo dos políticos, do governo e do mercado tornarão as condições das pessoas com trabalhos precarizados e daquelas sem trabalho em vidas absolutamente dispensáveis. Inclusive você e eu.

Sabemos que isso vai passar. Causará muitos danos, deixará marcas profundas, muitas perdas. Mas, cedo ou tarde, poderemos sair às ruas e virar a mesa. Suas carreiras políticas estão com os dias contados!

Cheios de fome, jantaram os ricos…

William Shakespeare -sqn

Mas enquanto ainda estamos aqui “achatando a curva”, sabendo que cerca de 52% da população brasileira será contaminada pelo Covid-19 e que isso representa diversas vezes o tamanho da Itália, nossas preocupações se voltam à manutenção da vida: abrigo, alimento, aluguel… Por isso, decidimos abrir um chamado de colaborações ao nosso Fundo de Emergências, um recurso financeiro que a editora mantém para despesas médicas desde o episódio da investigação sobre o glaucoma e catarata nos meus olhos. Esse fundo precisou ser utilizado no final de Dezembro, quando tivemos que comprar uma nova impressora e esse recurso se exauriu.

Fundo de emergência Corona Vírus (Covid-19)

Por isso, pedimos a colaboração e a solidariedade das amizades ao divulgar nossa editora artesanal para monas, minas e manos. E, se você puder, faça uma contribuição de R$ 5 para restabelecer nosso fundo de emergência, pois não sabemos como os eventos vão se desdobrar nas próximas semanas ou meses.

Grato por sua compreensão, contribuição e solidariedade. Dias melhores!

Baderna James
Editor e criador de problemas.

Receitas para fortalecer lutas: homenagem ao Milharal

Milharal, obrigado por tudo!

Durante alguns anos estivemos presentes na rede de blogs dissidentes Milharal (milharal.org). Esse recanto acolhedor do ciberespaço nos ofereceu guarida e com carinho hospedou nosso blog e muitos outros que seguem por lá. Recentemente tivemos que migrar a estrutura do website da Editora Monstro dos Mares e optamos por realizar a importação do conteúdo no Milharal para o novo endereço. Por isso decidimos escrever essa cartinha. 😉


É fundamental que existam serviços gratuitos para que coletivos e singularidades possam publicar notícias e informações sobre sua organização, disponibilizar conteúdos e divulgar eventos. Nesses tempos estranhos onde aparentemente toda a ideia de internet que a maioria das pessoas tem está concentrada em produtos de grandes corporações. Portanto fazer sua própria mídia, de forma autônoma e independente do Facebook é muito mais do que uma alternativa, mas uma necessidade para quem busca uma contestação ao que está posto.

Apropriar-se da tecnologia é antes de qualquer coisa, apropriar-se da essência da tecnologia. Fazer com as próprias mãos, no bom e velhos espírito punk do faça-você-mesma é mais significativo do que a adoção de uma ferramenta da moda. Esticar os braços, compreender as possibilidades e as necessidades é o primeiro passo para ir na direção da pergunta como fazer. Com isso convocamos:

  1. É hora de gerarmos mais conteúdo sobre as questões que movem nossos coletivos, grupos, federações, sindicatos, bandos e bandas. Precisamos comunicar nossas necessidades e as reflexões sobre o nosso tempo;
  2. Para contornar um evidente bloqueio de nossas formas de comunicação convém diversificar as formas de disseminação dos conteúdos públicos e refinar os protocolos de acesso às comunicações seguras, prezando pelo anonimato e sem intermediários. Não há motivos para divulgar notícias, eventos e conteúdos somente no Facebook ou WhatsApp. Criar um blog pode ser um bom começo;
  3. Algumas questões não precisam ser ditas nem mesmo se você considerar que o meio é seguro. Não há meio seguro, existem meios menos vulneráveis;
  4. Inserir a cultura de segurança em seu coletivo é uma boa prática desejável e item fundamental para destinar alguns minutos nos pontos de pauta de encontros e reuniões. Ver a metodologia de Segurança de Pés Descalços (spd.libertar.org);
  5. Muito mais do que sermos envolvidos pelas questões que emergem e borbulham em cada semana, é interessante considerar fortalecer os vínculos que temos entre nós e compas. Criar espaços de convivência, diálogo, estudo e práticas de solidariedade entre grupos e comunidades;
  6. Desenvolver estratégias de manutenção dos espaços coletivos, criar possibilidades que possam fortalecer os recursos do grupo. Criar uma rede de pessoas dispostas em apoiar mensalmente as atividades, banquinha de zines, uma editora artesanal, camisetas, eco-bags, pães, distribuição de produtos orgânicos por assinatura, rango vegano, enfim. Existe uma infinidade práticas para viabilizar recursos para despesas operacionais, manutenção de espaços, necessidades jurídicas, fundos de apoio à compas com doenças crônicas, fortalecer comunidades, etc.;
  7. Fortalecer e disseminar nossa cultura, acolher as pessoas que se chegam, realizar eventos, grupos de estudos, apresentações musicais, cineclube, bicicletas e festivais e possibilitem encontros entre nossos movimentos e comunidades (ver A-fund https://afund.antirep.net/pt/);
  8. Inserir novos passos e revisitar essa lista sempre que possível. Não recorrer à formulas prontas, mas contar com o apoio e solidariedade de compas que já estão no rolê, investigar, descobrir e analisar novos e velhos pontos.

O Milharal hospeda mais de 200 blogs de iniciativas coletivas e singularidades que se movem na atuação social, militância e reflexões sobre o nosso tempo. Nessa grande lista (https://milharal.org/indice/) você pode acompanhar o que nossas amizades, monas, minas e manos estão fazendo e pensando para criar transformações sociais imersivas e com pluralidade de táticas de nossos movimentos.

Envolva-se, mobilize e fortaleça.
Milharal, muito obrigado.

Monstro dos Mares

Ciberfeminismo: Agradecimentos

Em tempos em que a cultura hegemônica constrói o indivíduo sobre os débeis pilares de conquistas supostamente individuais, deixamos de perceber que é na coletividade que existimos e mutuamente nos empoderamos. 

Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste livro. Foi o seu apoio que tornou possível que esta iniciativa independente, que busca alternativas à desumanização, apagamentos e silenciamentos impostos pelo mercado editorial, se tornasse realidade. 

Os textos contidos neste livro chegam ao papel e às suas mãos através da ação de financiamento coletivo no catarse.me, que começou em setembro de 2016 e encerrou em maio de 2017. Mesmo com o orçamento apertado, graças aos 78 apoios recebidos conseguimos colocar o livro para rodar.

Juntas somos mais fortes!

Autoras

  • ​Ananda Pieratti
  • Claire L. Evans
  • Caroline Franck
  • Cássia Rodrigues Gonçalves
  • Emili Leite Peruzzo
  • Fhaêsa Nielsen
  • Graziela Natasha Massonetto
  • Izabela Paiva
  • Jarid Arraes
  • Priscila Bellini
  • Soraya Roberta, [S. R.]
  • Talita Santos Barbosa
  • Tatiana Wells

Apoios

  • ​Jana de Paula
  • Manu Quadros
  • Miguel Ezequiel Fraga
  • Débora Leão
  • Felipe Garcia
  • Andre de Souza Fedel
  • Gabriela Paes
  • Fernanda Pasian
  • Carla Gottschald Chiodi
  • Margarete Almeida
  • Amanda Azevedo Nunes
  • Thiago Augusto de Siqueira
  • Rodrigo Ortiz Vinholo
  • Mariah Guedes
  • Naiana Maia Espirito Santo
  • Cristiana L de L Pires
  • Paulo Henrique Basilio Alves
  • Fabio O. de Oliveira Maciel
  • Gil Caruso
  • Thiago Carvalho
  • Alexandre Freire Borges
  • Marta Preuss
  • Ramon de Souza Cardoso
  • Gabriela Catunda Peres
  • Caroline de Souza Fróes
  • Carla Arenhart
  • Tatiana Carilo
  • Karina C Sena Gomes
  • Fábio Ruffo Marino
  • Grazi Massonetto
  • Diego de Oliveira
  • Norberto Takahashi
  • Escola de Ativismo
  • Cryptorave
  • Pedro Chaves
  • Viviane Heberle
  • Raul Santahelena
  • Paulo Roberto
  • Ivan Prado
  • Alexandre de O. Legendre
  • Gisele Nogueira
  • Jamile Santana
  • Marcia Nobue Sacay
  • Fernanda Shirakawa
  • Gabriella Amorim
  • Renata Aquino Ribeiro
  • Thais Bravin Carmello
  • Renata Scheibler
  • Fernando Silva e Silva
  • Caroline Nogueira
  • APPH
  • Jamer Guterres de Mello
  • Cláudia SM
  • Polliane Trevisan Nunes
  • Sheila Uberti Correa
  • Régis Garcia
  • Elijah Schott
  • Alice Malzac
  • Marcos de A. Nicolaiewsky
  • Leonardo Feltrin Foletto
  • Baixa Cultura
  • Janaina Menegaz Spode
  • João Pedro Azevedo Maldos
  • Coletivo Coisa Preta
  • Tiago Jaime Machado
  • Claudia Mayer
  • Laura Mayer Machado
  • Celvio Derbi Casal
  • Mariele Furlan
  • Jeronimo “Burns” Camargo
  • Cabeludo
  • Everton L Santos
  • Daniela Soares
  • Jonas Dornelles
  • Gencen Abelino
  • Paulo Capra
  • Carlos Teixeira
  • Luiz H. P. Nascimento
  • Nildo Avelino
  • Elaine Alves Barbosa

Ciberfeminismo: Os livros chegaram!

Olá pessoal,

Os livros chegaram da gráfica! Durante os próximos dias estaremos preparando os envios para quem apoiou a campanha. Algumas cidades contarão com eventos de lançamento; vocês serão avisadas/os tão logo sejam confirmados os locais e as datas.

Esta foi uma campanha longa, e algumas vezes pensamos que não iríamos ter esses livros em mãos. Mas graças ao apoio de vocês, aí estão eles.

Estamos muito satisfeitas com a finalização deste projeto. Experimentamos essa satisfação como uma forma de “desobediência emocional”, já que vivemos em uma cultura que nos impõe a insatisfação e a busca eterna por um “algo mais” que nunca chega como o motor para que se siga em frente. Ao invés de sermos movidas pela falta, sejamos impulsionadas pela satisfação de finalizar um projeto.

Seguimos em frente satisfeitas e prontas para novos projetos!

Contamos também com uma surpresa: a AntiEditora muito generosamente nos cedeu os envios dos livros às/aos apoiadoras/os. Isso nos permitiu aumentar a tiragem dos livros e, com isso, seu alcance.

Caso haja algum problema com o recebimento, pedimos que entrem em contato conosco por email ou Facebook. Teremos todos os códigos de rastreamento dos correios em mãos para quaisquer eventualidades.

Gostaríamos, também, de convidar a todas/os para conhecer a campanha de auxílio à Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa. A casa é um espaço anarquista localizado na cidade de Santo André/SP, onde são realizadas diversas atividades, como a manutenção de uma biblioteca comunitária e de um banco de sementes, a realização de cursos comunitários livres e gratuitos, entre outras. Você pode conhecer mais sobre a Casa da Lagartixa preta aqui: 

Link da campanha: https://www.catarse.me/arrecadacao_casa_da_lagarti…

Mais uma vez, muito obrigada pelo apoio! Juntas somos mais fortes! 

Ciberfeminismo: agora Vai!

Salve compas! Aqui quem tecla é Vertov Rox., sou umas das pessoas que ajuda a puxar a Editora Monstro dos Mares e estamos todos super-felizes em conseguirmos concluir a campanha com 60% do valor necessário inicialmente. 

Sim, tivemos muitos problemas durante toda a caminhada deste título, perdemos nosso compa Kinhuh, tivemos algumas prorrogações na chamada pública dos artigos, a campanha de financiamento coletivo demorou quase um ano para acontecer. Esperávamos muito que ela tivesse acontecido entre os meses de Setembro de 2016 para entregarmos o livro em Janeiro de 2017, mas parece que a turbulência atingiu o ano passado em cheio.

“Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro…” (Cantor que morreu)

Belchior, Sujeito de sorte, 1976.

Conseguimos atingir orçamento suficiente para realizar impressões de exemplares para todas as pessoas que apoiaram, para todas as autoras dos artigos, para a organizadora, bibliotecas libertárias e quem mais enfia a mão na massa neste rolê. Estamos aguardando o repasse do recurso por parte do Catarse para darmos início à impressão do livro. 

Já recebemos os Pendrives que vão acompanhar os livros de quem selecionou essa recompensa e no final de semana vamos gravá-los e aplicar a personalização. Quem quiser baixar o TAILS OS, um sistema operativo que promove e intensifica as proteções com a privacidade de dados, nós recomendamos fortemente.

Nós próximos dias você receberá novidades sobre o progresso do livro, informações sobre as recompensas e o cronograma dessa fase final do projeto.

Punk Rock não é só pro seu namorado!” Bulimia

Vertov Rox.
Editora Monstro dos Mares

Scroll to top