Minidocumentário + agradecimentos Rede de Apoio Janeiro de 2020

Olá Compas!

Os meses de Janeiro e Fevereiro costumam ser bem malucos pra gente. Nos últimos quatro anos, passamos o início do ano mudando de casa, de cidade e de estado. Este é o primeiro ano em que seguimos com as atividades da editora sem interrupções e estamos utilizando esse período para pensar sobre nossas atividades de editores, refletindo sobre as perspectivas e objetivos de nosso projeto editorial. Mas será que realmente queremos ter rugas de mar calmo? Sabemos que uma vida sem tempestades não faz bons marinheiros. Por isso, nosso olhar para a própria realização nos trouxe um pouco de perplexidade, pois descobrimos que precisamos de mais vento soprando nas velas para seguirmos desbravando os sete mares.

Ao perceber que nem todas as pessoas conhecem o percurso que nossos livros e zines percorrem até chegar nas mãos leitoras, resolvemos criar uma série de vídeos apresentando parte de nosso dia a dia fazendo e distribuindo nossos materiais. Nossa editora geral e empacotadora abobrinha aproveitou o dia de fazer os envios da Rede de Apoio para gravar parte do trajeto de como os materiais são escolhidos e embalados para os correios. Dessa forma, queremos tornar mais evidentes as decisões, os desafios e as dificuldades que enfrentamos para realizar essa atividade de jogar tinta no papel e fazê-la chegar a vários recantos do país.

O minidoc tem uma hora de duração e fizemos todo o possível para que seja uma experiência que aproxime quem não está aqui conosco de nossa atividade diária. Se possível, deixe nos comentários sua opinião sobre vídeo. Valeu!

Agradecimentos Rede de Apoio – Janeiro de 2020

Uma saudação especial às novas apoiadoras do projeto:

  • Camila Silva
  • Lucas Soares
  • Jadson Stevan Souza da Silva
  • Mayumi Horibe

Nosso carinho aos apoios de:

  • Viviane Kelly Silva
  • Enguia
  • Guapo
  • Willian Aust
  • Anna Karina 
  • Andrei Cerentini
  • Daniela de Souza Pritsch
  • Contribuições anônimas

Nossa capacidade de seguir navegando depende diretamente do apoio dessas pessoas. É através dessas contribuições que conseguimos enviar materiais para bibliotecas comunitárias, coletivos, movimentos sociais, pesquisadoras e singularidades em todo o território deste imenso país. Os recursos arrecadados também são utilizados para cobrir despesas de correios (aproximadamente 800 reais por mês), colaboração nas taxas de aluguel / energia elétrica / internet (em torno de 800 reais por mês) e também para a manutenção dos equipamentos de impressão, afiação e lubrificação dos equipamentos de corte (duas guilhotinas e três tesouras), manutenção e hospedagem do site, contratação de serviços de rastreamento / acompanhamento por e-mail de encomendas, serviço de caixa postal, aquisição de papel de impressão / papel de capas / tintas / cabeçotes de impressão / caixas de manutenção e outras tantas despesas e investimentos mensais.

Ainda estamos distantes do horizonte de uma independência financeira que nos possibilite parar de vender os livros na loja e poder simplesmente fazer somente os livros e zines que são enviados gratuitamente. Por isso, a sua participação com qualquer valor a partir de cinco reais nos ajuda muito. Indicar nossa editora para outras pessoas também é uma forma de ajudar nosso projeto: mesmo que suas amizades não assinem nossa rede de apoio ou façam compras pontuais em nossa lojinha, ampliar as pontas de contato já ajuda bastante.

Mais do que um pedido, este também é um desabafo, pois nesses dias pudemos perceber que para seguir adiante também teremos que compartilhar um pouquinho de nossos problemas, frustrações e preocupações com o futuro.

Forte abraço,
Editores

2020: coloque a editora do seu movimento/coletivo para navegar

Desde 2012, a Editora Monstro dos Mares vem passando por profundas modificações. Quem acompanha nosso bonde pode perceber que algumas técnicas e o volume de impressão mudaram bastante, mas que a natureza de nossa atividade segue exatamente a mesma: publicar os modos de pensar e as práticas que formam os movimentos de luta social de nosso tempo. Entendemos que existe uma diversidade de ideias que constituem aquilo que pode se definir como “luta social”. Não temos interesse em definições rígidas, pois compreendemos que vivemos em um mundo em constante mudança, no qual pessoas transformam e se transformam de forma ininterrupta. É simples imaginar que práticas de luta e resistência, bem como teorias e epistemologias que questionam o poder, o Estado e o estado de coisas, também estão em movimento. Um livro aberto nunca será estático.

Somos monas, minas e manos agindo para destruir hierarquias, a centralização do poder e a coerção em todas as suas expressões. Nosso posicionamento político-editorial está amarrado às necessidades de quem sofre cotidianamente com as formas de exclusão e precarização da vida. Nos alinhamos aos desejos e estudos de quem se identifica com o questionamento do que está posto e busca, através da autonomia e da solidariedade, a construção de significados para compreender o nosso tempo e lutar contra todas as formas de opressão, por mais subjetivas que pareçam à primeira vista. Essa proposta não impede que as pessoas que integram nosso bonde editorial mantenham seus posicionamentos individuais, sejam filiadas a organizações, etc. Cada pessoa faz sua correria, movimentação de base, atuação em grupos, coletivos e movimentos, ou mesmo seja alguém que utiliza o espaço de produção acadêmica e de pesquisa para contribuir com questionamentos e ideias para compor nosso catálogo de publicações e materiais que escolhemos distribuir.

Editoras são necessárias. Por isso, no ano de 2020 a Monstro dos Mares, além de seguir com seu projeto de divulgação acadêmica anárquica, vai mobilizar seus esforços para ampliar a quantidade de novas editoras. Para cumprir esse objetivo, compartilharemos conhecimentos e aprendizados de métodos de produção e tudo aquilo que estamos aprendendo nesses oito anos de atividade, em que nos envolvemos ainda mais em fazer e distribuir livros e zines. Quando enviamos materiais para singularidades, grupos de estudos, pesquisadoras, bibliotecas, coletivos e movimentos, colocamos em prática aquilo que nos constitui como pessoas que lutam por emancipação, liberdade, apoio mútuo, cooperação e solidariedade em todas as expressões da vida. Distribuir livros é multiplicar ações e compartilhar reflexões.

Convidamos todas as pessoas a somar em nosso propósito de transferir conhecimentos para que mais editoras possam existir, para que mais ideias possam ganhar as páginas das ruas e que mais pessoas possam aprender, instruir e compartilhar saberes e práticas anárquicas e anarquistas. Desde nossa primeira impressão nos alinhamos ao compromisso de fazer com que as palavras, a tinta no papel e a divulgação de ideias de nossas lutas possam ocupar espaço na articulação daquilo que constitui o que chamamos de luta social. Tocar uma editora é dar espaço às possibilidades.

Por um 2020 combativo: publique suas ideias!


abobrinha, baderna, enguia, R., ste, sullivan, tonho, zé.

Manifesto da Guerrilha do Livre Acesso – Aaron Swartz

Aaron Swartz (8.11.1986 – 11.01.2013)

Informação é poder. Mas, como todo o poder, há aqueles que querem mantê-lo para si
mesmos. A herança inteira do mundo científico e cultural, publicada ao longo dos séculos em
livros e revistas, é cada vez mais digitalizada e trancada por um punhado de corporações
privadas. Quer ler os jornais apresentando os resultados mais famosos das ciências? Você vai
precisar enviar enormes quantias para editoras como a Reed Elsevier.

Há aqueles que lutam para mudar essa situação. O Movimento Livre Acesso (Open Access)
tem lutado bravamente para garantir que os cientistas não assinem seus direitos autorais por
aí, mas, em vez disso, assegura que seu trabalho é publicado na internet, sob termos que
permitem o acesso a qualquer um. Mas, mesmo nos melhores cenários, o trabalho deles só
será aplicado a coisas publicadas no futuro. Tudo até agora terá sido perdido.

Esse é um preço muito alto a pagar. Obrigar pesquisadores a pagar para ler o trabalho dos
seus colegas? Digitalizar bibliotecas inteiras mas apenas permitindo que o pessoal da Google
possa lê-las? Fornecer artigos científicos para aqueles em universidades de elite do Primeiro
Mundo, mas não para as crianças no Sul Global? Isso é escandaloso e inaceitável.

“Eu concordo”, muitos dizem, “mas o que podemos fazer? As empresas que detêm direitos
autorais fazem uma enorme quantidade de dinheiro com a cobrança pelo acesso, e é
perfeitamente legal – não há nada que possamos fazer para detê-los.” Mas há algo que
podemos, algo que já está sendo feito: podemos contra-atacar.

Aqueles com acesso a esses recursos – estudantes, bibliotecários, cientistas – a vocês foi dado
um privilégio. Vocês começam a se alimentar nesse banquete de conhecimento, enquanto o
resto do mundo está bloqueado. Mas vocês não precisam – na verdade, moralmente, não
podem – manter este privilégio para vocês mesmos. Vocês têm o dever de compartilhar isso
com o mundo. E vocês têm que negociar senhas com colegas, preencher pedidos de
download para amigos.

Enquanto isso, aqueles que foram bloqueados não estão em pé de braços cruzados. Vocês vêm se esgueirando através de buracos e escalado cercas, libertando as informações
trancadas pelos editores e compartilhando-as com seus amigos.

Mas toda essa ação se passa no escuro, num escondido subsolo. É chamada de roubo ou
pirataria, como se compartilhar uma riqueza de conhecimentos fosse o equivalente moral a
saquear um navio e assassinar sua tripulação. Mas compartilhar não é imoral – é um
imperativo moral. Apenas aqueles cegos pela ganância iriam se negar a deixar um amigo fazer
uma cópia.

Grandes corporações, é claro, estão cegas pela ganância. As leis sob as quais elas operam
exigem isso – seus acionistas iriam se revoltar por qualquer coisinha. E os políticos que eles
têm comprado por trás aprovam leis dando-lhes o poder exclusivo de decidir quem pode fazer
cópias.

Não há justiça em seguir leis injustas. É hora de vir para a luz e, na grande tradição da
desobediência civil, declarar nossa oposição a esse roubo privado da cultura pública.

Precisamos levar informação, onde quer que ela esteja armazenada, fazer nossas cópias e
compartilhá-la com o mundo. Precisamos levar material que está protegido por direitos autorais
e adicioná-lo ao arquivo. Precisamos comprar bancos de dados secretos e colocá-los na Web.
Precisamos baixar revistas científicas e subi-las para redes de compartilhamento de arquivos.
Precisamos lutar pela Guerilha Open Access.

Se somarmos muitos de nós, não vamos apenas enviar uma forte mensagem de oposição à
privatização do conhecimento – vamos transformar essa privatização em algo do passado.
Você vai se juntar a nós?

Aaron Swartz
Julho de 2008, Eremo. Itália.

Traduzido por Mídia Pirata em 16/02/2014, disponível na Internet Archive.
Revisado por abobrinha em 04/01/2020.


Assista ao documentário O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz gratuitamente no Libreflix: https://libreflix.org/i/the-internets-own-boy.

Ano: 2014
Duração: 105 minutos
Direção: Brian Knappenberger

Numerologia do ano de 2019 🧮

Acabou! Foi um ano louco, não é mesmo? Mas sobrevivemos e seguimos em frente. Em 2019 tivemos uma produção intensa, enviamos livros e zines para todos os estados do país e isso nos enche de felicidade! Neste novo ano, seguimos realizando o registro e documentação da quantidade de impressões que fazemos e adicionando informações que são relevantes para compreendermos nossos processos, evolução e história. Pode ser que todos esses números não sejam assim tão importantes pra você, mas acreditamos que eles são fundamentais para as pessoas que apoiam nossa atividade e acompanham nosso projeto editorial.

Os números de um ano inteiro nos dão a certeza de afirmar que a cada quatro livros e zines impressos, um será distribuído gratuitamente para uma amizade, um coletivo, biblioteca comunitária, espaço cultural ou para pessoas que estão em nossa banquinha em eventos, interessadas em saber mais sobre os títulos que publicamos e as ideias que fazemos circular. Ter a certeza de que um quarto (1/4), mais ou menos, de toda a nossa produção vai parar nas mãos de pessoas que estão interessadas em descobrir ou aprofundar saberes e práticas anárquicas, anarquistas e de epistemologias dissidentes nos faz seguir firme nos propósitos da editora em continuar existindo, colocando cada vez mais tinta no papel.

Em 2019 também esticamos os braços para aprender sobre como podemos fazer um pouco mais e fazer diferente em nossos livros e zines. Também fizemos testes e aprendizados em torno de nossa autonomia. Em Janeiro começamos alguns estudos sobre energia solar e no mês de outubro nos sentimos seguros em adotá-la integralmente em nossa produção. Hoje, todos os nossos livros e zines, computador e impressoras utilizam a energia que vem do sol para carregar a bateria e fornecer a energia necessária para a operação dos equipamentos. Também decidimos experimentar e adaptar métodos de encadernação e encontramos um modo de fazer livros mais grossos que é capaz de entrar em nossas rotinas e meios de produção.

Nós estivemos em menos eventos do que gostaríamos, mas caixas e caixas com nossos livros estiveram em diversos lugares e queremos que isso permaneça, que você possa encontrar nossos materiais sendo distribuídos em diversos recantos do Brasil. Isso fortalece nossa atividade editorial e permite que pessoas e coletivos possam obter recursos para fortalecer seus espaços de atuação e agitação. Contamos com o interesse das amizades para fazer com que mais caixas se movimentem de mão em mão, de busão, transportadora, correios. Que os meios de transporte não sejam impedimento para difusão de ideias.

Os números de 2019 também servem como um convite para que quem acredita em nossa atividade editorial possa confiar um valor mensal em nossa rede apoio. Utilizamos esses recursos para manter nosso espaço de produção, dar manutenção nos equipamentos, conquistar recursos para trazer caixas de papel e tinta que são utilizadas na distribuição gratuita, bem como nos eventuais custos de correios para envios. A partir da contribuição de R$ 5 mensais, a Rede de Apoio fortalece nossa atividade e faz com que possamos seguir existindo até o dia em que não será mais necessário vender os livros, que teremos dispositivos de solidariedade suficientes para manter as atividades, a subsitência das pessoas que colaboram no projeto e a produção de mais e novos materiais.

Números de 2019

  • Impressões de 2019: 215.793
  • Livros impressos: 2.452
  • Livros distribuição gratuita: 665
  • Zines impressos: 5.661
  • Zines distribuição gratuita: 1.399
  • Kw gerados e consumidos com energia solar: 16.6Kw

Conferência Kropotkin 2021: chamada de artigos

https://kropotkin2021.com

Peter Kropotkin 1921-2021 – International Conference/Conferencia Internacional, Universidade de São Paulo (USP), Brazil, 19-23/7/2021

As ideias de Kropotkin sobre ajuda mútua continuam a desafiar noções capitalistas e neoliberais atuais de competição e podem servir para contestar o Malthusianismo presente nas ciências sociais e do desenvolvimento, especialmente no que é chamado hoje de “Sul Global”. A noção de ciência de Kropotkin como sendo sinônimo de pensamento ético, experimentação criativa e questionamento sem limites ainda afrontam manifestações correntes de fanatismo religioso e obscurantismo por todo o mundo, incluindo o retorno do criacionismo. As ideias de Kropotkin sobre federalismo e decentralização ainda fomentam debates sobre a inter-relação entre economia e política, sociedade, cultura e território, e questões ambientais em diferentes níveis. Seu internacionalismo, mesmo que controverso, tem lições para todas/os aquelas/es que lutam contra as paredes e fronteiras que são (re)construídas cada vez mais no mundo, e pelo cultivo da solidariedade internacionalizada entre todas/os as/os oprimidas/os. O anticolonialismo de Kropotkin está entre as primeiras tentativas de incluir espaços e identidades em todas as lutas por justiça social, agora estimulando ideias sobre o “giro espacial” em movimentos sociais na América Latina e outros. Os esforços de Kropotkin em prol do desenvolvimento de novos conceitos e estruturas de pensamento em torno de seu conceito de ética para apoiar a organização anarquista produziram um ferramental teórico rico para a crítica nunca pararam de inspirar noções globais de solidariedade e afinidade. Em colaboração com Elisée Reclus e círculos de geógrafos anarquistas do século dezenove, Kropotkin estabeleceu princípios de geografia social e para o ensino de geografia que ainda inspiram tendências críticas e radicais na disciplina.

Primeira chamada de artigos

Pëtr Alekseevich Kropotkin (1842-1921) foi, sem dúvida, uma das mais importantes figuras na história global do anarquismo e dos princípios do socialismo. Os escritos e atividades de Kropotkin contribuíram para a formação de teorias internacionais e práticas anarco-comunistas, exercendo influência definitiva no pensamento anarquista e crítico que se mantém relevante até hoje.

Sendo um excepcional pensador e escritor, Kropotkin também é um sujeito exemplar para as histórias transnacionais de ativismo cosmopolita e multilíngue e para a análise do socialismo Europeu e internacional. Ele estabeleceu alguns dos artigos anarquistas mais influentes dos séculos dezenove e vinte, mantendo correspondência com uma grande rede de ativistas socialistas, e estava constantemente envolvido em atividade política, especialmente na Rússia, França e Reino Unido. Kropotkin era um crítico persistente e vocal do Czarismo e um igualmente veemente crítico do Marxismo.

O centenário de Kropotkin é ocasião para redescobrirmos uma excepcional figura que pode interessar e inspirar geógrafas/os, historiadoras/es, filósofas/os, antropólogas/os, sociólogas/os, economistas, cientistas sociais e outras/os estudiosas/os, assim como ativistas e públicos variados. Kropotkin pode nos ajudar a repensar os limites disciplinares das ciências sociais e naturais e das humanidades e o papel social transformador da análise crítica. Nós saudamos intervenções na vida e trabalhos de Kropotkin e em sua recepção, assim como contribuições que se inspiram no anarquismo de Kropotkin. Reconhecendo que a história do anarquismo, tal como a história de qualquer disciplina intelectual, não é limitada ao estudo dos “grandes homens” (ou “grandes mulheres”) da história, nós acolhemos intervenções que exploram redes mais abrangentes, circulação de ideias e espaços e contextos dos quais Kropotkin fazia parte. Nós convidamos especialmente contribuições sobre (mas não limitadas a):

  • A história e teoria do anarquismo, com especial referência a temas abordados por Kropotkin (ajuda mútua, descentralização, justiça social e trabalho manual, Revolução Francesa, ética, pedagogia, prisões…);
  • Acadêmicas/os e ativistas familiarizadas/os com Kropotkin ou envolvidas/os com a manutenção de seu legado;
  • História global e transnacionalismo, com especial referência a experiências de ativismo radical;
  • Filosofia e história da geografia (e da ciência em geral), com especial referência a tendências críticas iniciais;
  • Decolonialidade, feminismo, gênero e estudos críticos de raça, com especial referência a suas relações com a tradição anarquista;
  • Ajuda mútua, evolucionismo. Malthusianismo e suas críticas;
  • Filosofia da natureza, determinismo ambiental e suas críticas;
  • Ciência, religião e suas críticas;
  • Recepção do anarco-comunismo de Kropotkin na América Latina e mais amplamente no “Sul Global”;
  • Pesquisa anarquista e radical atual em todas as disciplinas acadêmicas (humanidades, ciências sociais, ciências naturais…)
  • Anarquismo e alternativas sociais radicais hoje.

Formato

Queremos evitar o formato de conferências clássicas, com “grandes nomes” fazendo discursos essenciais, acadêmicas/os em início ou meio de carreira organizando sessões e alunas/os apresentando artigos e pôsteres. Nesta conferência, todas as sessões serão em forma de plenária, (sem sessões paralelas, portanto), para que quem esteja apresentando possa se dirigir à audiência e todas as pessoas possam se ouvir.

Idiomas

As línguas utilizadas serão Português, Inglês, Espanhol e Francês. Convidamos todas/os que forem se apresentar a fornecer uma apresentação de slides em uma segunda língua. Nós organizaremos voluntárias/os para oferecer tradução solidária em grupos durante as apresentações.

Submissão de resumos

Por favor, submeta sua proposta (250-500 palavras) até 31 de Maio de 2020 para [email protected]. No aceite, você receberá informações sobre inscrição, possibilidades de acomodação, etc.

Algumas bolsas de viagem estão disponíveis para participantes que não contem com outros fundos para financiar sua viagem: como elas são em número limitado, não podemos garantir que todas/os as/os candidatas/os as recebam; então, se você quer se candidatar a financiamento de viagem por favor o especifique quando enviar seu resumo e envie detalhes dos motivos pelos quais necessita dessa ajuda.

Onde encontrar: Livraria Vertov, Curitiba, PR.

Quem mora em Curitiba, região ou visita a capital paranaense com certa frequência, conhece ou muito certamente já ouviu falar na Livraria Vertov, o espaço cultural e livraria da Socorro e do Erich. Nesse lugar bacana acontecem muitos cursos, rodas de conversa e encontros, e é onde você pode encontrar livros e zines da Monstro dos Mares, dentre outras tantas editoras com temas da área de humanas.

Visite a livraria:

Livraria Vertov
Rua Visconde do Rio Branco, 835, sala 02 (sobreloja)
Mercês
Curitiba – PR
80410-001

https://www.facebook.com/livrariavertov/
https://instagram.com/vertovlivraria

Agradecimentos às contribuições na Rede de Apoio em Novembro e Dezembro de 2019.

Novembro foi uma correria! Estivemos na Feira Anarquista de SP e isso atrasou um pouco o envio das recompensas do mês de Novembro. Mas quem apoiou vai receber um presentão: o livro “O curto verão da anarquia”, edição de uso didático artesanal e um toyart Jubarti confeccionado por nossa amiga Milene Fernanda Pedro, do Milene Artes Ateliê.

Queremos agradecer as contribuições neste ano de 2019. Com esse apoio, conseguimos enviar muito material gratuito para vários recantos do Brasil, fortalecer a aquisição de novos equipamentos da editora, garantir nossa presença em eventos em outras cidades e a revisão/manutenção do site, caixa postal, afiação das guilhotinas, tinta e papel. Obrigado mesmo! Sem essas colaborações, esse projeto editorial não seria possível. Sigamos juntos em 2020.

Agradecimentos:

  • Rogerio Veiga Rodrigues
  • Luiz Alberto Barreto Leite
  • Daniela de Souza Pritsch
  • Viviane Kelly Silva
  • Enguia
  • Willian Aust
  • Anna Karina
  • Andrei Cerentini
  • Paulo Oliveira
  • Guapo Magon
  • Contribuições anônimas

Ei pirata! 🏴‍☠️
Faça parte da Rede de Apoio da editora fazendo uma contribuição mensal:
Catarse assinaturas ou no PicPay assinaturas

Passamos de 300.000 impressões! Numerologia de Outubro de 2019 🎐

Nós da Editora Monstro dos Mares estamos felizes em anunciar que neste mês de Outubro chegamos ao número de 309.506 impressões desde o início dessa contagem em Agosto de 2017 quando chegou nossa primeira impressora com tanque de tinta pigmentada.

O mês de Outubro foi intenso pois fizemos as impressões para o “1º Encontro Pós-colonial e Decolonial” em Florianópolis, “IV Seminário Internacional Desfazendo Gênero” em Recife e na “X Feira Anarquista de São Paulo”. Também estivemos em diversos Meet-ups de tecnologia e outros espaços. Agradecemos monas, minas e manos que muito gentilmente abrem as portas de seus eventos para receber os materiais e as ideias da Monstro dos Mares.

Neste mês adicionamos um novo indicador “Kw gerados e consumidos com energia solar”, uma vez que estamos produzindo nossos livros utilizando essa fonte alternativa de energia (em breve escreveremos exclusivamente sobre esse tema). Também movemos o hotsite “Numerologia” do servidor Tor e trouxemos para um novo endereço, uma vez que algumas pessoas estavam com dificuldades para acessar o histórico de nossos números mensais. Conheça o hotsite em https://monstrodosmares.com.br/numerologia.

Números do mês de Outubro de 2019

  • Impressões totais desde Agosto de 2017: 309.506
  • Impressões de Outubro de 2019: 35.687
  • Livros impressos: 357
  • Livros doados: 63
  • Zines impressos: 799
  • Zines doados: 63
  • Kw gerados e consumidos com energia solar: 4.8Kw

Numerologia: Hotsite com informações sobre nossos números mensais/anuais 🔮
https://monstrodosmares.com.br/numerologia

A Editora Monstro dos Mares estará na X Feira Anarquista de SP (17 de Novembro)

FCK B17

Olá compas! Faz um tempo que a Monstro dos Mares faz participações modestas na Feira Anarquista de São Paulo. Estivemos em 2014 e 2015, no ano passado confirmamos presença mas participamos de outros eventos antes da feira e ficamos absolutamente sem livros. Mas para 2019 conseguimos distribuir melhor os materiais para eventos e para a feira anarquista de SP, pois entendemos que essa é uma data importante para todos os movimentos, pesquisadoras, coletivos e singularidades. Neste ano, teremos mais de 500 livros e cerca de 700 zines da editora em exposição no Tendal da Lapa, dia 17 de Novembro de 2019.

Nesta edição, às vésperas dos 20 anos da “Batalha de Seattle“, a Monstro dos Mares carregará muitos materiais que buscam compreender a diversidade de pensamentos anarquistas e inspirações anárquicas que vêm se desdobrando desde o episódio de 30 de Novembro de 1999. Sabemos que as condições que possibilitaram esse acontecimento trazem a marca da participação de diversos coletivos, sindicatos, federações, movimentos sociais e coletividades, algumas não necessariamente identificadas diretamente com o anarquismo. Mas os protestos contra a realização da reunião da Organização Mundial do Comércio as conectou em um novo ponto de articulação, alentando rupturas na história de nossos movimentos. Essa articulação e suas dinâmicas, técnicas, táticas, condições necessárias e desdobramentos motivam boa parte de nossas pesquisas e de nossa atuação editorial, independente de rótulos e nomenclaturas.

Na Feira Anarquista de São Paulo, as diversas frentes de atuação e pensamento anarquista e anárquica podem criar um espaço de convergência, irmandade e diálogo. A colaboração para a formação de debates, pesquisas e atuação de monas, minas e manos que se identificam como anarquistas ou se interessam pelas ideias e práticas anárquicas e anarquistas é o que torna este evento tão especial, independente de filiação, forma de organização, corrente, tendência, federação, coletivo, grupo, bando, banda, espectro de luta ou modo de atuar. Este é o momento de somar em solidariedade, fortalecer nossos laços, compartilhar culturas, identificar ideias e práticas dos coletivos e movimentos presentes, trocar experiências e construir redes de cooperação entre pessoas dispostas a intensificar pontos de articulação. Nos vemos na feira!

X Feira Anarquista de São Paulo
Dia 17 de Novembro de 2019
Tendal da Lapa, São Paulo – SP
Das 10h às 19h.

feiranarquistasp.wordpress.com

facebook.com/events/911645599180265/

Onde encontrar: Loja Colaborativa Lu Canto Artesanal (Cachoeira do Sul, RS)

Nossa criativa companheira Lu Canto está com um novo projeto supimpa: a Loja Colaborativa. Ela transformou uma parte do espaço de seu ateliê em loja, onde monas, minas e manos podem colocar suas produções artesanais para circular, ficar em contato com o público, compartilhar trocas, aprendizados e militância pelas causas sociais.

A loja inaugurou em Setembro e já recebe diversos materiais de artesãs locais e da região, também abriga oficinas e cursos. Singularidades e movimentos podem utilizar o espaço para atividades conforme agendamento.

A Monstro dos Mares que tem na sua história os dois pés enfiados na terra vermelha da cidade. Por isso enviamos livros e zines para fortalecer o espaço, colaborar com a iniciativa e ampliar a autoinstrução de pessoas que compartilham princípios e práticas de luta e resistência. Visite a loja colaborativa e construa a solidariedade:

Lu Canto Artesanal – Loja Colaborativa
Círculo Operário Cachoeirense
Rua Saldanha Marinho, 576.
Cachoeira do Sul – RS

De segunda a quinta, das 14h às 18h. Aos sábados, das 10h às 13h.
www.facebook.com/lu.canto.1/

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