Sim, os valores dos fretes de livros no Brasil é um problema. Falar sobre o Brasil é atual também é um problema. São muitas incertezas, precarização do trabalho e toda conversa fiada da narrativa neoliberal de mãos dadas a uma extrema direita raivosa. O mantra do “privatiza tudo” está posto em todas as esferas da Res Publica. Quem mais sofre são as trabalhadoras e trabalhadores que veem seus direitos serem destroçados por reformas, ameaças do fim da estabilidade da carreira e contínuos cortes orçamentários em diversos segmentos. Enquanto isso Monas, Minas e Manos profissionais dos Correios têm dúvidas sobre seus destinos.
A Monstro dos Mares se empenha ao máximo para manter os valores dos livros, zines e o custo do frete sempre o mais baixo possível, pois temos a convicção de que nosso objetivo é colocar materiais de baixo e baixíssimo custo para tantas pessoas quanto possível. Nosso objetivo é distribuir gratuitamente para bibliotecas comunitárias, grupos de estudos, coletivos, movimentos sociais e para consulta/referência em pesquisas acadêmicas. Gostaríamos de trazer boas notícias neste breve comunicado. Mas, além das manchetes de jornais nada animadoras, também percebemos que nossos custos de Correios aumentaram significativamente nos últimos meses e tivemos que fazer uma atualização da tabela de preços de fretes.
Importante: Essa tabela não está em vigor desde março de 2022.
Entenda o preço dos fretes que utilizamos:
1 até 100g. R$ 15
101 até 200g. R$ 18
201 até 300g. R$ 21
301 até 400g. R$ 24
401 até 500g. R$ 27
501 até 600g. R$ 30
601 até 700g. R$ 33
701 até 800g. R$ 36
801 até 900g. R$ 39
901 até 1000g. R$ 41
Acrescente R$ 3 a cada 100g.
Em Novembro de 2019 anunciamos o fim da utilização das modalidades de PAC e SEDEX e todos os materiais enviados utilizam a modalidade de envio IMPRESSO NACIONAL com serviço adicional de REGISTRO MÓDICO.
Em Fevereiro nossos agradecimentos vão para as pessoas que entendem que um coletivo editorial de inspiração anárquica e anarquista só é capaz de existir quando há pessoas que entendem a necessidade e a urgência de uma ampla diversidade de temas, fontes de pesquisa e ferramentas de autoinstrução. Assim, pessoas interessadas em descobrir novos mares de práticas sociais e aquelas que já estão navegando nessas águas podem ter acesso de baixo e baixíssimo custo a textos que fazem emergir das profundezas referências e fundamentos para articular respostas, ou partes de respostas, às perguntas de quem mergulha na pesquisa, na dúvida e na ampliação de suas ações.
Só é possível fazer e distribuir livros e zines porque algumas pessoas compreendem essa função das editoras anárquicas e anarquistas, e fortalecem na divulgação dos materiais, escolhendo alguns itens em nossa lojinha, chegando junto na banquinha ou entrando com recursos financeiros na Rede de Apoio quando viável. Ao contribuir com a Editora Monstro dos Mares, você participa de uma iniciativa contra toda e qualquer forma de opressão. Seu apoio contribui para a disseminação de conhecimentos dissidentes e não-normativos, fazendo-os chegar a coletivos e singularidades que atuam em nome da liberdade e da autonomia.
Nossos agradecimentos especiais vão para quem fortalece parte do aluguel do espaço físico, da energia elétrica e internet, papel de impressão, papel de capa, colas, grampos, equipamentos de impressão, equipamentos de corte, afiação, manutenção de impressoras, manutenção da caixa postal, viagens para eventos e, principalmente, da cobertura de custos de Correios para envio de materiais gratuitos.
Se você conhece algum coletivo ou biblioteca comunitária que já recebeu um de nossos pacotes gratuitos, mande um alô! Adoramos saber como os materiais estão circulando. Caso queira indicar algum, por favor entre em contato através de um de nossos canais:
Os meses de Janeiro e Fevereiro costumam ser bem malucos pra gente. Nos últimos quatro anos, passamos o início do ano mudando de casa, de cidade e de estado. Este é o primeiro ano em que seguimos com as atividades da editora sem interrupções e estamos utilizando esse período para pensar sobre nossas atividades de editores, refletindo sobre as perspectivas e objetivos de nosso projeto editorial. Mas será que realmente queremos ter rugas de mar calmo? Sabemos que uma vida sem tempestades não faz bons marinheiros. Por isso, nosso olhar para a própria realização nos trouxe um pouco de perplexidade, pois descobrimos que precisamos de mais vento soprando nas velas para seguirmos desbravando os sete mares.
Ao perceber que nem todas as pessoas conhecem o percurso que nossos livros e zines percorrem até chegar nas mãos leitoras, resolvemos criar uma série de vídeos apresentando parte de nosso dia a dia fazendo e distribuindo nossos materiais. Nossa editora geral e empacotadora abobrinha aproveitou o dia de fazer os envios da Rede de Apoio para gravar parte do trajeto de como os materiais são escolhidos e embalados para os correios. Dessa forma, queremos tornar mais evidentes as decisões, os desafios e as dificuldades que enfrentamos para realizar essa atividade de jogar tinta no papel e fazê-la chegar a vários recantos do país.
O minidoc tem uma hora de duração e fizemos todo o possível para que seja uma experiência que aproxime quem não está aqui conosco de nossa atividade diária. Se possível, deixe nos comentários sua opinião sobre vídeo. Valeu!
Agradecimentos Rede de Apoio – Janeiro de 2020
Uma saudação especial às novas apoiadoras do projeto:
Camila Silva
Lucas Soares
Jadson Stevan Souza da Silva
Mayumi Horibe
Nosso carinho aos apoios de:
Viviane Kelly Silva
Enguia
Guapo
Willian Aust
Anna Karina
Andrei Cerentini
Daniela de Souza Pritsch
Contribuições anônimas
Nossa capacidade de seguir navegando depende diretamente do apoio dessas pessoas. É através dessas contribuições que conseguimos enviar materiais para bibliotecas comunitárias, coletivos, movimentos sociais, pesquisadoras e singularidades em todo o território deste imenso país. Os recursos arrecadados também são utilizados para cobrir despesas de correios (aproximadamente 800 reais por mês), colaboração nas taxas de aluguel / energia elétrica / internet (em torno de 800 reais por mês) e também para a manutenção dos equipamentos de impressão, afiação e lubrificação dos equipamentos de corte (duas guilhotinas e três tesouras), manutenção e hospedagem do site, contratação de serviços de rastreamento / acompanhamento por e-mail de encomendas, serviço de caixa postal, aquisição de papel de impressão / papel de capas / tintas / cabeçotes de impressão / caixas de manutenção e outras tantas despesas e investimentos mensais.
Ainda estamos distantes do horizonte de uma independência financeira que nos possibilite parar de vender os livros na loja e poder simplesmente fazer somente os livros e zines que são enviados gratuitamente. Por isso, a sua participação com qualquer valor a partir de cinco reais nos ajuda muito. Indicar nossa editora para outras pessoas também é uma forma de ajudar nosso projeto: mesmo que suas amizades não assinem nossa rede de apoio ou façam compras pontuais em nossa lojinha, ampliar as pontas de contato já ajuda bastante.
Mais do que um pedido, este também é um desabafo, pois nesses dias pudemos perceber que para seguir adiante também teremos que compartilhar um pouquinho de nossos problemas, frustrações e preocupações com o futuro.
Peter Kropotkin 1921-2021 – International Conference/Conferencia
Internacional, Universidade de São Paulo (USP), Brazil, 19-23/7/2021
As ideias de Kropotkin sobre ajuda mútua continuam a desafiar noções
capitalistas e neoliberais atuais de competição e podem servir para
contestar o Malthusianismo presente nas ciências sociais e do
desenvolvimento, especialmente no que é chamado hoje de “Sul Global”. A
noção de ciência de Kropotkin como sendo sinônimo de pensamento ético,
experimentação criativa e questionamento sem limites ainda afrontam
manifestações correntes de fanatismo religioso e obscurantismo por todo o
mundo, incluindo o retorno do criacionismo. As ideias de Kropotkin
sobre federalismo e decentralização ainda fomentam debates sobre a
inter-relação entre economia e política, sociedade, cultura e
território, e questões ambientais em diferentes níveis. Seu
internacionalismo, mesmo que controverso, tem lições para todas/os
aquelas/es que lutam contra as paredes e fronteiras que são
(re)construídas cada vez mais no mundo, e pelo cultivo da solidariedade
internacionalizada entre todas/os as/os oprimidas/os. O anticolonialismo
de Kropotkin está entre as primeiras tentativas de incluir espaços e
identidades em todas as lutas por justiça social, agora estimulando
ideias sobre o “giro espacial” em movimentos sociais na América Latina e
outros. Os esforços de Kropotkin em prol do desenvolvimento de novos
conceitos e estruturas de pensamento em torno de seu conceito de ética
para apoiar a organização anarquista produziram um ferramental teórico
rico para a crítica nunca pararam de inspirar noções globais de
solidariedade e afinidade. Em colaboração com Elisée Reclus e círculos
de geógrafos anarquistas do século dezenove, Kropotkin estabeleceu
princípios de geografia social e para o ensino de geografia que ainda
inspiram tendências críticas e radicais na disciplina.
Primeira
chamada de artigos
Pëtr Alekseevich Kropotkin (1842-1921) foi, sem dúvida, uma das mais
importantes figuras na história global do anarquismo e dos princípios
do socialismo. Os escritos e atividades de Kropotkin contribuíram para a
formação de teorias internacionais e práticas anarco-comunistas,
exercendo influência definitiva no pensamento anarquista e crítico que
se mantém relevante até hoje.
Sendo
um excepcional pensador e escritor, Kropotkin também é um sujeito
exemplar para as histórias transnacionais de ativismo cosmopolita e
multilíngue e para a análise do socialismo Europeu e internacional.
Ele estabeleceu alguns dos artigos anarquistas mais influentes dos
séculos dezenove e vinte, mantendo correspondência com uma grande
rede de ativistas socialistas, e estava constantemente envolvido em
atividade política, especialmente na Rússia, França e Reino Unido.
Kropotkin era um crítico persistente e vocal do Czarismo e um
igualmente veemente crítico do Marxismo.
O centenário de Kropotkin é ocasião para redescobrirmos uma
excepcional figura que pode interessar e inspirar geógrafas/os,
historiadoras/es, filósofas/os, antropólogas/os, sociólogas/os,
economistas, cientistas sociais e outras/os estudiosas/os, assim como
ativistas e públicos variados. Kropotkin pode nos ajudar a repensar os
limites disciplinares das ciências sociais e naturais e das humanidades e
o papel social transformador da análise crítica. Nós saudamos
intervenções na vida e trabalhos de Kropotkin e em sua recepção, assim
como contribuições que se inspiram no anarquismo de Kropotkin.
Reconhecendo que a história do anarquismo, tal como a história de
qualquer disciplina intelectual, não é limitada ao estudo dos “grandes
homens” (ou “grandes mulheres”) da história, nós acolhemos intervenções
que exploram redes mais abrangentes, circulação de ideias e espaços e
contextos dos quais Kropotkin fazia parte. Nós convidamos especialmente
contribuições sobre (mas não limitadas a):
A história e teoria do anarquismo, com especial referência a
temas abordados por Kropotkin (ajuda mútua, descentralização, justiça
social e trabalho manual, Revolução Francesa, ética, pedagogia,
prisões…);
Acadêmicas/os e ativistas familiarizadas/os com Kropotkin ou envolvidas/os com a manutenção de seu legado;
História global e transnacionalismo, com especial referência a experiências de ativismo radical;
Filosofia e história da geografia (e da ciência em geral), com especial referência a tendências críticas iniciais;
Decolonialidade, feminismo, gênero e estudos críticos de raça, com
especial referência a suas relações com a tradição anarquista;
Ajuda mútua, evolucionismo. Malthusianismo e suas críticas;
Filosofia da natureza, determinismo ambiental e suas críticas;
Ciência, religião e suas críticas;
Recepção do anarco-comunismo de Kropotkin na América Latina e mais amplamente no “Sul Global”;
Pesquisa anarquista e radical atual em todas as disciplinas acadêmicas (humanidades, ciências sociais, ciências naturais…)
Anarquismo e alternativas sociais radicais hoje.
Formato
Queremos
evitar o formato de conferências clássicas, com “grandes nomes”
fazendo discursos essenciais, acadêmicas/os em início ou meio de
carreira organizando sessões e alunas/os apresentando artigos e
pôsteres. Nesta conferência, todas as sessões serão em forma de
plenária, (sem sessões paralelas, portanto), para que quem esteja
apresentando possa se dirigir à audiência e todas as pessoas possam
se ouvir.
Idiomas
As
línguas utilizadas serão Português, Inglês, Espanhol e Francês.
Convidamos todas/os que forem se apresentar a fornecer uma
apresentação de slides em uma segunda língua. Nós organizaremos
voluntárias/os para oferecer tradução solidária em grupos durante
as apresentações.
Submissão
de resumos
Por
favor, submeta sua proposta (250-500
palavras)
até
31 de
Maio de 2020
para [email protected].
No
aceite, você receberá informações sobre inscrição,
possibilidades de acomodação, etc.
Algumas
bolsas de viagem estão disponíveis para participantes que não
contem com outros fundos para financiar sua viagem: como elas são em
número limitado, não podemos garantir que todas/os as/os
candidatas/os as recebam; então, se você quer se candidatar a
financiamento de viagem por favor o especifique quando enviar seu
resumo e envie detalhes dos motivos pelos quais necessita dessa
ajuda.
Novembro foi uma correria! Estivemos na Feira Anarquista de SP e isso
atrasou um pouco o envio das recompensas do mês de Novembro. Mas quem
apoiou vai receber um presentão: o livro “O curto verão da anarquia”,
edição de uso didático artesanal e um toyart Jubarti confeccionado por
nossa amiga Milene Fernanda Pedro, do Milene Artes Ateliê.
Queremos agradecer as contribuições neste ano de 2019. Com esse
apoio, conseguimos enviar muito material gratuito para vários recantos
do Brasil, fortalecer a aquisição de novos equipamentos da editora,
garantir nossa presença em eventos em outras cidades e a
revisão/manutenção do site, caixa postal, afiação das guilhotinas, tinta
e papel. Obrigado mesmo! Sem essas colaborações, esse projeto editorial
não seria possível. Sigamos juntos em 2020.
A precarização dos Correios é um projeto neoliberal para entregar a
empresa ao grande mercado de capitais. Enquanto o AliExpress e o Mercado
Livre esfregam as mãos aguardando o dia que receberão o serviço de
encomendas à preço de banana pelas mãos de salnoraBo e Papo Guedes,
trabalhadoras e trabalhadores dos Correios vivem incertezas sobre
garantias trabalhistas, sequestro de fundos de pensão, profissionais
doentes, instabilidade dos serviços e crescente terceirização de
atividades.
Com tudo isso, nós que utilizamos os serviços acompanhamos os
aumentos de preços crescentes nos serviços de correspondência e
encomendas. Nem todas as pessoas sabem, mas a Universalização dos
Serviços de Correspondência é um direito. Mas para que ele serve?
Todo o
indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que
implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de
procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras,
informações e ideias por qualquer meio de expressão.
Comunicar-se é um direito humano, enviar suas opiniões e expressões,
receber sem considerações de fronteiras, sacou? Por isso que enviar e
receber correspondências é uma garantia. Mas se você tiver que pagar uma
fortuna para isso, será que é realmente um direito?
Os Correios possuem tarifas econômicas para envio de Cartas e
materiais Impressos. Desde 2015 essas modalidades vem sofrendo profundas
modificações. O envio de impressos por exemplo (livros, revistas,
material de divulgação, etc..) tiveram seus limites modificados de 21kg.
para 2kg. E o preço das tarifas vem se multiplicando a cada ano. Mas
ainda assim, podemos enviar cartas e impressos com uma política
especial, diferente das encomendas (por enquanto).
A Editora Monstro dos Mares decidiu DESCONTINUAR
os envios através de PAC e SEDEX. Entendemos que também é nosso papel
lutar e defender a Universalização dos Serviços de Correspondência e
combater a precarização das atividades de profissionais Carteiros. São
Monas, Minas e Manos que fazem a maior correria todos os dias para que
livros, zines e cultura cheguem nas mãos de mais e mais pessoas. Somando
em solidariedade com a categoria e seus familiares pela garantia dos
direitos desses profissionais, independentemente de posições anteriores
de sindicatos e ou indivíduos.
PRIVATIZAÇÃO NÃO!
Todos os envios possuem registro módico, ou seja, uma forma de registro econômico que permite que o envio seja rastreado parcialmente no envio, movimentação de entrega e na eventualidade de um erro de entrega ou retorno.
Quem conhece o espaço coletivo de Utopia e Luta sabe da importância
da horta no terraço e como esse tipo de cultivo fortalece as relações,
os vínculos com a comunidade e os recursos desse assentamento urbano.
Convidamos todas as pessoas para se somarem nessa campanha de
financiamento coletivo e contribuir para que a horta volte com tudo. São
necessárias diversas melhorias e manutenções, como a troca de 100m de
lona de 200 micras, motores para hidroponia, insumos de plantio,
estruturas, etc. Todos esses itens são bem específicos e dão pouco
espaço para improvisações. Por isso Utopia e Luta precisa de sua ajuda
para seguir cultivando um mundo de ideias, consciência e liberdade.
Localizada no centro de Porto Alegre, a Comunidade Autônoma Utopia e Luta
é uma exceção à regra das ocupações urbanas brasileiras. Iniciada em
2005 com uma ocupação durante o Fórum Social Mundial, a comunidade hoje
é a única cooperativa que obteve regularização fundiária pelo Programa
Crédito Solidário do governo federal. O prédio, situado nas escadarias
do Viaduto Otávio Rocha na avenida Borges de Medeiros, foi contemplado
com o programa viabilizado pela Caixa Econômica Federal e pelo
Ministério das Cidades. Propriedade do Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS), o edifício estava em processo de deterioração e
desocupado havia 17 anos. O projeto do Utopia e Luta é único do tipo
entre os contemplados pelo programa Crédito Solidário desde 2007.
Hoje
estamos as vésperas de completar 15 anos de uma Ocupação exitosa e
precisamos do seu apoio para reformar nossa Horta hidropônica, lançamos
nosso grito aqui do sul do Brasil aos nossos amigos e parceiros do
mundo todo, seguimos autônomos e acreditando em um mundo possível, com
mais justiça e igualdade social.”
A impressora chegou! BOOM! As recompensas já foram impressas e falta somente o adesivo criado pelo artista Fabio Maciel chegar da gráfica para começarmos os envios. Temos números bem interessantes da campanha para compartilhar: serão ao total 72 livros, 780 zines, 27kg de material. É muita coisa e estamos radiantes por levar toda essa pacoteira aos correios. Antes de tudo queremos agradecer imensamente a todas as pessoas apoiaram, curtiram, compartilharam e fizeram a campanha atingir os 127,33%. Um total de R$ 3.453,00 – sendo 13% de taxas para o Catarse, R$2.300,00 da impressora e com o restante do valor pegamos papel, tinta, impressão dos adesivos e correios (que leva uma grande parte dos recursos).
É muita alegria e a certeza de estarmos realizando nosso compromisso com a divulgação e distribuição da cultura anárquica e anarquista para fora dos muros da academia e fazendo chegar às mãos de monas, minas e manos que fazem a cotidianidade da luta, da resistência e da pesquisa. Independente da fração ou tendência, a Editora Monstro dos Mares se coloca como uma alternativa para o acesso de epistemologias dissidentes de baixo e baixíssimo custo para coletivos, federações, espaços sociais, grupos de estudos, sindicatos, bibliotecas comunitárias e movimentos sociais.
Foram 60 dias com aquele nó nas tripas, é muita ansiedade. Será que vai dar, será que não vai? Aê! Rolou. São tantas emoções dando cambalhotas, mais uma vez, é muita ansiedade.
Mas estamos super felizes que já aconteceu, com a ajuda de pessoas em
13 estados brasileiros (até o fechamento desse texto) a impressora vai
chegar! Muito mais que a felicidade de contar com a colaboração de vocês
é saber que será possível enviar muitos materiais gratuitamente para
bibliotecas comunitárias, coletivos, sindicatos, federações, movimentos
sociais, grupos de estudos, espaços autônomos e singularidades dos mais
diversos espectros do campo anárquico e anarquista.
Nos próximos dias, todas as pessoas que contribuíram na campanha
receberão um questionário online para preencher o seu endereço atual ou
onde deseja receber suas recompensas, bem como uma área para preencher
com sugestões de espaços para receber os materiais. Pode também ser mais
de um, pois além de pulular a lista de envios das recompensas, formará
uma base de dados para envios futuros, uma vez que mensalmente vamos aos
correios despachar material gratuitamente para coletivos e
singularidades. Algumas pessoas já estão escrevendo pedindo para receber
os materiais, é muita ansiedade! Infelizmente alguns ritos são necessários: O Catarse,
mesmo mordendo 13%, leva 10 dias úteis para liberar os recursos e
realizar a transferência bancária dos valores. Já estamos adiantando
tudo que é possível para fazer antes disso, mas é muita ansiedade!
Na próxima semana, apoiadoras e apoiadores da campanha da impressora e de nossa Rede de Apoio
receberão por e-mail um vídeo apresentando os 10 zines que formarão o
pacote básico das recompensas e o livro escolhido para compor os pacotes
que optaram por recebê-lo. Este vídeo ficará privado e disponível para
apoiadoras e membros da rede de apoio e 10 dias depois ficará público a
todas as pessoas. Estamos loucos para começar, é muita ansiedade!
Queremos agradecer as diversas pessoas que dispuseram um pouquinho do seu tempo para acompanhar nossa campanha, deram aquela força bacana na divulgação e evidentemente, todas e todos que puderam fortalecer os recursos necessários para que tudo pudesse dar certo. Estamos felizes e ansiosos!
Durante alguns anos estivemos presentes na rede de blogs dissidentes Milharal (milharal.org). Esse recanto acolhedor do ciberespaço nos ofereceu guarida e com carinho hospedou nosso blog e muitos outros que seguem por lá. Recentemente tivemos que migrar a estrutura do website da Editora Monstro dos Mares e optamos por realizar a importação do conteúdo no Milharal para o novo endereço. Por isso decidimos escrever essa cartinha. 😉
É fundamental que existam serviços gratuitos para que coletivos e
singularidades possam publicar notícias e informações sobre sua
organização, disponibilizar conteúdos e divulgar eventos. Nesses tempos
estranhos onde aparentemente toda a ideia de internet que a maioria das
pessoas tem está concentrada em produtos de grandes corporações.
Portanto fazer sua própria mídia, de forma autônoma e independente do
Facebook é muito mais do que uma alternativa, mas uma necessidade para
quem busca uma contestação ao que está posto.
Apropriar-se da tecnologia é antes de qualquer coisa, apropriar-se da essência
da tecnologia. Fazer com as próprias mãos, no bom e velhos espírito
punk do faça-você-mesma é mais significativo do que a adoção de uma
ferramenta da moda. Esticar os braços, compreender as possibilidades e
as necessidades é o primeiro passo para ir na direção da pergunta como fazer. Com isso convocamos:
É hora de gerarmos mais conteúdo sobre as questões que movem
nossos coletivos, grupos, federações, sindicatos, bandos e bandas.
Precisamos comunicar nossas necessidades e as reflexões sobre o nosso
tempo;
Para contornar um evidente bloqueio de nossas formas de
comunicação convém diversificar as formas de disseminação dos conteúdos
públicos e refinar os protocolos de acesso às comunicações seguras,
prezando pelo anonimato e sem intermediários. Não há motivos para
divulgar notícias, eventos e conteúdos somente no Facebook ou WhatsApp.
Criar um blog pode ser um bom começo;
Algumas questões não
precisam ser ditas nem mesmo se você considerar que o meio é seguro. Não
há meio seguro, existem meios menos vulneráveis;
Inserir a
cultura de segurança em seu coletivo é uma boa prática desejável e item
fundamental para destinar alguns minutos nos pontos de pauta de
encontros e reuniões. Ver a metodologia de Segurança de Pés Descalços (spd.libertar.org);
Muito
mais do que sermos envolvidos pelas questões que emergem e borbulham em
cada semana, é interessante considerar fortalecer os vínculos que temos
entre nós e compas. Criar espaços de convivência, diálogo, estudo e
práticas de solidariedade entre grupos e comunidades;
Desenvolver
estratégias de manutenção dos espaços coletivos, criar possibilidades
que possam fortalecer os recursos do grupo. Criar uma rede de pessoas
dispostas em apoiar mensalmente as atividades, banquinha de zines, uma
editora artesanal, camisetas, eco-bags, pães, distribuição de produtos
orgânicos por assinatura, rango vegano, enfim. Existe uma infinidade
práticas para viabilizar recursos para despesas operacionais, manutenção
de espaços, necessidades jurídicas, fundos de apoio à compas com
doenças crônicas, fortalecer comunidades, etc.;
Fortalecer e
disseminar nossa cultura, acolher as pessoas que se chegam, realizar
eventos, grupos de estudos, apresentações musicais, cineclube,
bicicletas e festivais e possibilitem encontros entre nossos movimentos e
comunidades (ver A-fund https://afund.antirep.net/pt/);
Inserir
novos passos e revisitar essa lista sempre que possível. Não recorrer à
formulas prontas, mas contar com o apoio e solidariedade de compas que
já estão no rolê, investigar, descobrir e analisar novos e velhos
pontos.
O Milharal hospeda mais de 200 blogs de iniciativas coletivas e singularidades que se movem na atuação social, militância e reflexões sobre o nosso tempo. Nessa grande lista (https://milharal.org/indice/) você pode acompanhar o que nossas amizades, monas, minas e manos estão fazendo e pensando para criar transformações sociais imersivas e com pluralidade de táticas de nossos movimentos.
Envolva-se, mobilize e fortaleça. Milharal, muito obrigado.