Novembro foi uma correria! Estivemos na Feira Anarquista de SP e isso
atrasou um pouco o envio das recompensas do mês de Novembro. Mas quem
apoiou vai receber um presentão: o livro “O curto verão da anarquia”,
edição de uso didático artesanal e um toyart Jubarti confeccionado por
nossa amiga Milene Fernanda Pedro, do Milene Artes Ateliê.
Queremos agradecer as contribuições neste ano de 2019. Com esse
apoio, conseguimos enviar muito material gratuito para vários recantos
do Brasil, fortalecer a aquisição de novos equipamentos da editora,
garantir nossa presença em eventos em outras cidades e a
revisão/manutenção do site, caixa postal, afiação das guilhotinas, tinta
e papel. Obrigado mesmo! Sem essas colaborações, esse projeto editorial
não seria possível. Sigamos juntos em 2020.
A precarização dos Correios é um projeto neoliberal para entregar a
empresa ao grande mercado de capitais. Enquanto o AliExpress e o Mercado
Livre esfregam as mãos aguardando o dia que receberão o serviço de
encomendas à preço de banana pelas mãos de salnoraBo e Papo Guedes,
trabalhadoras e trabalhadores dos Correios vivem incertezas sobre
garantias trabalhistas, sequestro de fundos de pensão, profissionais
doentes, instabilidade dos serviços e crescente terceirização de
atividades.
Com tudo isso, nós que utilizamos os serviços acompanhamos os
aumentos de preços crescentes nos serviços de correspondência e
encomendas. Nem todas as pessoas sabem, mas a Universalização dos
Serviços de Correspondência é um direito. Mas para que ele serve?
Todo o
indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que
implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de
procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras,
informações e ideias por qualquer meio de expressão.
Comunicar-se é um direito humano, enviar suas opiniões e expressões,
receber sem considerações de fronteiras, sacou? Por isso que enviar e
receber correspondências é uma garantia. Mas se você tiver que pagar uma
fortuna para isso, será que é realmente um direito?
Os Correios possuem tarifas econômicas para envio de Cartas e
materiais Impressos. Desde 2015 essas modalidades vem sofrendo profundas
modificações. O envio de impressos por exemplo (livros, revistas,
material de divulgação, etc..) tiveram seus limites modificados de 21kg.
para 2kg. E o preço das tarifas vem se multiplicando a cada ano. Mas
ainda assim, podemos enviar cartas e impressos com uma política
especial, diferente das encomendas (por enquanto).
A Editora Monstro dos Mares decidiu DESCONTINUAR
os envios através de PAC e SEDEX. Entendemos que também é nosso papel
lutar e defender a Universalização dos Serviços de Correspondência e
combater a precarização das atividades de profissionais Carteiros. São
Monas, Minas e Manos que fazem a maior correria todos os dias para que
livros, zines e cultura cheguem nas mãos de mais e mais pessoas. Somando
em solidariedade com a categoria e seus familiares pela garantia dos
direitos desses profissionais, independentemente de posições anteriores
de sindicatos e ou indivíduos.
PRIVATIZAÇÃO NÃO!
Todos os envios possuem registro módico, ou seja, uma forma de registro econômico que permite que o envio seja rastreado parcialmente no envio, movimentação de entrega e na eventualidade de um erro de entrega ou retorno.
Quem conhece o espaço coletivo de Utopia e Luta sabe da importância
da horta no terraço e como esse tipo de cultivo fortalece as relações,
os vínculos com a comunidade e os recursos desse assentamento urbano.
Convidamos todas as pessoas para se somarem nessa campanha de
financiamento coletivo e contribuir para que a horta volte com tudo. São
necessárias diversas melhorias e manutenções, como a troca de 100m de
lona de 200 micras, motores para hidroponia, insumos de plantio,
estruturas, etc. Todos esses itens são bem específicos e dão pouco
espaço para improvisações. Por isso Utopia e Luta precisa de sua ajuda
para seguir cultivando um mundo de ideias, consciência e liberdade.
Localizada no centro de Porto Alegre, a Comunidade Autônoma Utopia e Luta
é uma exceção à regra das ocupações urbanas brasileiras. Iniciada em
2005 com uma ocupação durante o Fórum Social Mundial, a comunidade hoje
é a única cooperativa que obteve regularização fundiária pelo Programa
Crédito Solidário do governo federal. O prédio, situado nas escadarias
do Viaduto Otávio Rocha na avenida Borges de Medeiros, foi contemplado
com o programa viabilizado pela Caixa Econômica Federal e pelo
Ministério das Cidades. Propriedade do Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS), o edifício estava em processo de deterioração e
desocupado havia 17 anos. O projeto do Utopia e Luta é único do tipo
entre os contemplados pelo programa Crédito Solidário desde 2007.
Hoje
estamos as vésperas de completar 15 anos de uma Ocupação exitosa e
precisamos do seu apoio para reformar nossa Horta hidropônica, lançamos
nosso grito aqui do sul do Brasil aos nossos amigos e parceiros do
mundo todo, seguimos autônomos e acreditando em um mundo possível, com
mais justiça e igualdade social.”
Em Fevereiro de 2019 as amizades da Editora Subta estiveram em Ponta Grossa para uma conversa sobre os processos da editora, financiamento coletivo, produção artesanal, ecofascismo, colapso e necessidade de espaço físico para fazer livros. A conversa foi gravada em áudio para manter um registro e poder compartilhar com mais pessoas e fica aqui nosso convite para você ouvir e compartilhar com as amizades.
A Editora Monstro dos Mares precisa da sua ajuda para continuar, contribua com a Rede de Apoio no Catarse ou PicPay e receba materiais impressos em sua casa. 🖨️
No dia 11 de Setembro de 2019 a Editora Monstro dos Mares participou da videoconferência “Resistência, Autonomia e Interseccionalidade” promovida pelo Grupo de Estudos sobre Crítica Feminista Estadunidense (GRIFES), do projeto “Vertentes da Crítica Feminista Estadunidense” (UFPB/CNPq 2019-2020).
Na conversa com as participantes do GRIFES Abobrinha e Baderna fazem um bate-papo sobre as questões relacionadas entre epistemologias dissidentes, a possibilidade de uma universidade anárquica, feminismo e interseccionalidade. O áudio não ficou perfeito, mas estamos aprendendo a gravar.
Agora a Monstro dos Mares está utilizando o aplicativo Anchor, que se apresenta como uma alternativa na distribuição de podcasts principalmente no Spotfy e em outras plataformas. Aos poucos vamos adicionar mais canais para atender os diversos agregadores de podcasts, nesse momento, você pode adicionar ao seu aplicativo o endereço RSS:
Foram 60 dias com aquele nó nas tripas, é muita ansiedade. Será que vai dar, será que não vai? Aê! Rolou. São tantas emoções dando cambalhotas, mais uma vez, é muita ansiedade.
Mas estamos super felizes que já aconteceu, com a ajuda de pessoas em
13 estados brasileiros (até o fechamento desse texto) a impressora vai
chegar! Muito mais que a felicidade de contar com a colaboração de vocês
é saber que será possível enviar muitos materiais gratuitamente para
bibliotecas comunitárias, coletivos, sindicatos, federações, movimentos
sociais, grupos de estudos, espaços autônomos e singularidades dos mais
diversos espectros do campo anárquico e anarquista.
Nos próximos dias, todas as pessoas que contribuíram na campanha
receberão um questionário online para preencher o seu endereço atual ou
onde deseja receber suas recompensas, bem como uma área para preencher
com sugestões de espaços para receber os materiais. Pode também ser mais
de um, pois além de pulular a lista de envios das recompensas, formará
uma base de dados para envios futuros, uma vez que mensalmente vamos aos
correios despachar material gratuitamente para coletivos e
singularidades. Algumas pessoas já estão escrevendo pedindo para receber
os materiais, é muita ansiedade! Infelizmente alguns ritos são necessários: O Catarse,
mesmo mordendo 13%, leva 10 dias úteis para liberar os recursos e
realizar a transferência bancária dos valores. Já estamos adiantando
tudo que é possível para fazer antes disso, mas é muita ansiedade!
Na próxima semana, apoiadoras e apoiadores da campanha da impressora e de nossa Rede de Apoio
receberão por e-mail um vídeo apresentando os 10 zines que formarão o
pacote básico das recompensas e o livro escolhido para compor os pacotes
que optaram por recebê-lo. Este vídeo ficará privado e disponível para
apoiadoras e membros da rede de apoio e 10 dias depois ficará público a
todas as pessoas. Estamos loucos para começar, é muita ansiedade!
Queremos agradecer as diversas pessoas que dispuseram um pouquinho do seu tempo para acompanhar nossa campanha, deram aquela força bacana na divulgação e evidentemente, todas e todos que puderam fortalecer os recursos necessários para que tudo pudesse dar certo. Estamos felizes e ansiosos!
A cada semana a Monstro dos Mares divulgará banquinhas e livrarias
que distribuem nossas publicações e espaços comunitários onde é
possível consultar os livros e zines. Não é a tarefa mais simples
decidir a ordem em que essa listagem será publicada, então decidimos
abraçar o caos e permitir que o nome venha, que possa emergir por sua
própria natureza em cada semana.
Agradecemos imensamente todos os espaços comunitários e libertários
que se achegam para receber nossos livros e zines em suas bibliotecas,
fazemos questão de enviar um pacote e quando possível um pacotão.
Dependemos basicamente dos apoios em nossa Rede de Apoio para fortalecer as impressões e correios desses materiais, então com um pouco de paciência, demora um pouquinho mas chega.
Adágio Anarco Livros
As amizades da Adágio Anarco Livros entraram em contato conosco para
distribuir nossos livros e zines em Belo Horizonte (MG) e ficamos
felizes em poder contar com a boa vontade de compas em colocar a
banquinha na rua, fazer o corre de carregar livros pra lá e pra cá. Só
quem já fez essa fita de chegar cedo no evento e sair tarde carregando
um monte de material sabe o quão valioso é o bonde de quem a “feira”
acontecer. Pois não existe uma feira de livros sem livros, sem
banquinhas, livreiros e editoras presentes. Por isso nosso máximo
respeito a monas, minas e manos que puxam esse barco. É nóis!
Além dos livros e zines novos de editoras anárquicas e anarquistas, a
Adágio leva seu tempo, moderadamente lento, para entre os corredores
moderadamente cheios dos sebos de BH, para garimpar textos de literatura
com temática libertária, anarquista, autônoma, autogerida, livre. Você
pode pegar diretamente com as pessoas na banquinha em eventos ou
combinar entregas e envios pelos correios através da página do Facebook
da livraria.
Olá Compas! Neste mês de Agosto de 2019 (passou rapidinho né?) realizamos a migração de plataforma de nosso website, saímos de uma ferramenta proprietária e estamos com o WordPress, uma ferramenta Open Source e adicionamos o complemento Woocommerce
para realizar vendas online. Não foi um processo fácil, pois
particularmente penso que o ambiente de vendas e conteúdo no mesmo não é
uma boa ideia. Vou me permitir estar errado.
Mas outras plataformas ou são mais pesadas como Magento2 ou não possuem todos os complementos necessários e integrações com meios de pagamento como OpenCart e Prestashop.
Instalei todas as alternativas que encontrei e a melhor opção foi essa.
Já que o novo site seria em WP, fiz a importação do conteúdo do blog no
Milharal e confesso que ainda não estou seguro com essa decisão.
Mas estamos aí! Site novo, vida nova!
Estivemos na Escola Frei Doroteu
e no curso de Letras Inglês da UEPG conversando sobre a produção de
fanzines, mercado editorial brasileiro, resistência anticapitalista,
faça-você-mesma e alternativas de autopublicação. Foram experiências bem
bacanas e pudemos distribuir bastante material para estudantes do
ensino médio e da licenciatura.
Números do mês de Agosto de 2019:
Total de impressões: 11.918
Livros impressos: 156
Livros doados: 32
Zines impressos: 363
Zines doados: 186
Agradecimento rede de apoio, mês de Agosto de 2019:
No dia 23 de Agosto a Editora Monstro dos Mares
esteve na Escola Estadual Doroteu de Pádua em Ponta Grossa (PR)
atendendo o convite da Professora Daniela. No primeiro momento com a
Turma 1ºC conversamos sobre as características, formas, semelhanças e
diferenças entre Cordel, Fanzine, Publicações Independentes,
Faça-Você-Mesma e o “Grande Mercado Editorial Brasileiro”. Depois foram
apresentados formatos como A6, A5, A4, cores e texturas de papéis
(Sulfite, Sulfite colorido, Color Plus, Color Set, Kraft e Vergê), bem
como alguns itens da nossa coleção como zines com capa em Stencil da Prensa Antifa, minizines da Tytyvivyllus Publicações, Quarto Ambiente e o “Rabisco” de Diego Gerlach pela Ugra Press.
Também conversamos sobre métodos de acabamento, costura japonesa,
borboleta, grampo. Foi apresentado o zine costurado chamado “Intrépida
(Tinder Edition) da @steeerica
e zines costurados da Editora Subta. Falamos brevemente sobre as
questões de custos de produção, diferenças entre folha e página. Foi
supimpa.
No segundo momento do encontro com a turma, passamos para a oficina.
Formato do caderno, separação de blocos, aplicação da capa, grampo e
opções de finalização. Toda a turma levou para casa os materiais
desenvolvidos pelo professor Professor Lúcio Ambrosio Hupalo e Estudantes de General Carneiro
no Paraná, através do fanzine “Considerações sobre o passo da Galinha”,
os livros “Histórias do CEPAN” e “História das Comunidades de General
Carneiro”. E os zines do Professor Aristides Leo Pardo, “Páginas
amarelas e negras: o escravo e o pobre nos classificados de jornais dos
fins do império e do nascer republicano (1870 – 1930)”, “A navegação
fluvial no Rio Iguaçu e o ensino da história local”, “De Tocós a São
Pedro: do antigo caminho das tropas ao desenvolvimento de Porto União
(SC)” e “A escola e seu entorno como ferramentas de ensino da história
local: o caso do Colégio Estadual Túlio de França”.
Cada estudante que participou da atividade levou para casa as
publicações montadas na atividade, além da doação de alguns exemplares
disponibilizados para consulta na biblioteca da escola. Somando cerca de
1.200 impressões, 50 zines e 10 livros. Todos os custos de impressão,
deslocamento e preparação dos materiais foram cobertos pela generosidade
das pessoas que colaboram mensalmente com pequenos valores em nossa Rede de Apoio no Catarse.
Professora, professor, leve a Mostro para a sala de aula.
Entre os meses de Abril e Julho de 2019 nos movimentamos para buscar recursos capazes de construir boa distribuição gratuita do exemplar impresso do livro “O mal-estar do dominante”. Um título que consideramos de muita relevância ao catálogo da Monstro dos Mares por abarcar em sua proposta aspectos que fazemos questão de elencar ainda que brevemente.
Método: a autora busca em sua metodologia ouvir (e
estudar) a voz de personagens que por muitas vezes nos escapam aos
sentidos, ficando sua interpretação restrita à generalização apressada e
ao senso comum. O homem branco, cis, hétero é o objeto desse estudo que
busca compreender as origens de sua falta de empatia.
Forma: É raro, não, raríssimo entrarmos em contato
com um “ensaio enquanto tese”. Não é comum, nem sempre é aceito, muitas
vezes se perdem na origem. A universidade tem seus ritos e nem sempre é
possível romper com as formas do estabelecido. A autora nos
apresenta o ensaio em primeira pessoa que deu origem à sua tese, que
mesmo não sendo aceito entre os muros do conhecimento dominante, foi
recebido nesta editora de braços abertos e fazemos muito gosto de sua
ampla divulgação.
Em momentos tão difíceis de nossa sociedade, onde o preconceito, o
patriarcado, a falta de amor e empatia causam estragos praticamente
irreversíveis nas relações entre as pessoas, esse livro traz unidade,
senso de cooperação e amor por tudo que acreditamos e por tudo que
fazemos para combater as pequenas e as grandes opressões cotidianas.
Esse livro só foi possível graças à colaboração e solidariedade de
pessoas que voluntariamente contribuíram no Catarse com recursos
financeiros, transformando o projeto em realidade. Agradecemos
imensamente as colaborações de:
Adail Sobral
Barbara Iansa de Lima Barroso
Bêh Arsênio
Camilo Skrok
Carolina Fernandes
Clara Silveira
Claudia Mayer
Cristina Zanella
Emily Vasconcellos
Fabiane Lettnin
Janaina WH
Leonardo Morales Ferreira
Lucas Alves
Luci Mari Leite Jorge
Patrícia dos Santos Quintana
Rafael Kimura
Régis Garcia
Rochele Souza Barbosa
Tiago Jaime Machado
Trober
Apoiadores e apoiadoras que optaram pelo anonimato