Podcast: Manifestos Cypherpunks no Muvuca Hack Festival

Neste episódio do podcast, o organizador da coleção Tecnopolítica, Leo Foletto (jornalista, pesquisador e editor do BaixaCultura) e Baderna James (editor e livreiro na Monstro dos Mares) participaram neste dia 20 de Novembro do terceiro dia de encontros do Muvuca Hack Festival, um evento on-line sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre organizado pelo Hackerspace MateHackers, sediado em Porto Alegre.

A conversa rolou num clima de descontração, e foram apresentadas as publicações que deram início à difusão impressa dos textos do BaixaCultura: o primeiro título da coleção sobre tecnopolítica “A ideologia Californiana“, publicada pela editora Monstro dos Mares, e também sobre o livro “A cultura é livre“, que Leo Foletto escreveu e publicou pela Autonomia Literária (com prefácio de Gilberto Gil). Logo mais, o papo introduziu os principais conceitos do livro “Manifestos Cypherpunks“, como surgiram os textos, como foram compilados nessa edição e a trajetória da campanha de financiamento coletivo que viabilizou a impressão e distribuição de 567 exemplares do livro.

Decidimos apresentar a conversa em formato de áudio para as pessoas que preferem apenas ouvir enquanto fazem outras coisas. Acreditamos que o podcast é um ótimo formato para difusão e compartilhamento de ideias através de boas conversas. A editora não tem nenhuma preocupação com a periodicidade ou temática do seu podcast e novos conteúdos surgem na medida do possível. Você pode acompanhar pelo seu agregador favorito através de nossa página no Anchor.fm ou baixar os episódios em MP3 aqui no blog.

O Muvuca Hack Festival tem uma ampla programação com diversas atividades sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre. O evento apresenta uma variedade de temas como educação, cultura de software livre, dados abertos, robótica, desenvolvimento, anonimato/criptografia e lançamento de livro. Um dos destaques é que nessa edição 50% das atividades serão ministradas por mulheres. As inscrições são gratuitas, todas as atividades são online e você confere toda a programação no site do Muvuca Hack Festival: muvuca.matehackers.org

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Começa hoje a XI Feira Anarquista de São Paulo

No mês de Novembro costumamos fazer uma correria danada para estar presente na Feira de São Paulo. É lá que as pessoas se encontram, compartilham ideias, fortalecem vínculos, descobrem iniciativas, promovem conversas, fazem arte, trocam saberes e mantêm acesa a chama. Antes da pandemia, nosso bonde editorial preparava a viagem para SP desde muito cedo. Um rolê de comprar passagem, encontrar lugar pra ficar, escolher os títulos para levar, rodar centenas de impressões, enviar caixas de livros pela transportadora, viajar e voltar.

Como você já sabe, em 2020 não teve feira pois a pandemia não permitiu. Mas em 2021 a Biblioteca Terra Livre, CCS-SP, e NELCA organizaram uma edição com seis dias de atividades online no YouTube. A programação vai de 8 até 13 de Novembro e você acompanha todas as informações no site da XI Feira Anarquista de São Paulo, que contará com apresentações musicais, atividades culturais, mesas de debates, contação de histórias, aulas de Yoga e rodas de conversa, entre outras atividades.

Os coletivos, grupos, editoras e artistas que costumam expor material no Tendal da Lapa receberão a visita e o carinho das amizades em seus espaços de divulgação on-line. Neste ano de 2021 participam: Biblioteca Terra Livre, CAFI, Centro de Cultura Social, Intermezzo, Entremares, Faísca Publicações, Monstro dos Mares, Eleuterio (Chile), Barricada de Livros (Portugal), Terra sem Amos, Edições Tormenta e No Gods No Masters.

Acesse: feiranarquistasp.wordpress.com

Muvuca: a Monstro dos Mares colando com o hack festival do MateHackers

Entre os dias 06 e 27 de Novembro de 2021 acontece o Muvuca Hack Festival, com diversas atividades sobre tecnologia, cultura hacker e conhecimento livre realizado pelo MateHackers. O evento terá ao todo 12 encontros, sendo três em cada sábado (simples de memorizar: todo sábado tem) e apresentará uma variedade de temas como educação, cultura de software livre, dados abertos, robótica, desenvolvimento, anonimato/criptografia e lançamento de livro. Um dos destaques é que nessa edição 50% das atividades serão ministradas por mulheres, conferindo a elas a merecida visibilidade na área.

Dentre a programação do Muvuca, no primeiro dia do evento (06 de Novembro) a abobrinha (editora-geral) vai apresentar os processos, ferramentas e metodologias utilizadas pela editora para fazer livros e zines com softwares livre e disponibilizados em copyleft. No dia 20 de Novembro, Leo Foletto, vai apresentar o livro “Manifestos Cypherpunks“, organizado por ele e lançado conjuntamente entre o BaixaCultura e a Monstro dos Mares.

As inscrições são gratuitas, todas as atividades são online e você confere toda a programação no site do Muvuca Hack Festival:

muvuca.matehackers.org

Produção editorial utilizando software livre, dia 06 de Novembro às 17h no Muvuca Hack Festival.
Lançamento do livro "Manifestos Cypherpunks" com Leo Foletto, dia 20 de Novembro às 17h no Muvuca Hack Festival.

Muvuca recomendada

Estamos no VI Salão do Livro Político

Tradicional feira de livros, a sexta edição do Salão do Livro Político segue até o dia 3 de outubro. Diferentemente de outros anos, neste o evento será totalmente online, mas continua gratuito.

No total, a feira, que é organizada pelas editoras Alameda, Anita Garibaldi, Autonomia Literária e Boitempo, contará com 56 editoras com venda de livros com descontos de 20% a 50%. Além da comercialização dos livros, a programação também terá debates e um curso sobre fascismo e autoritarismo, também com inscrição gratuita. Todas as mesas serão transmitidas ao vivo pelo canal da TV Boitempo e da PUC SP no Youtube.

De acordo com a organização do evento, “os temas debatidos nesta edição vão atravessar diversas áreas das ciências humanas e atualidades como militares na política, crise climática, pandemia da covid-19, América Latina, extrema direita, precarização do trabalho, neoliberalismo, guerra cultural, socialismo e muito mais”.

Slavoj Žižek, Manuela D’Ávila, Vladimir Safatle, Pedro Serrano, Raquel Rolnik e o escritor cubano Leonardo Padura são alguns dos nomes confirmados.


Dádiva: para compartilhar livros e leituras

Quando a Monstro dos Mares surgiu como editora numa noite fria de inverno, lá pelo misterioso ano de 2013, um de nossos objetivos era vender parte dos materiais para viabilizar a distribuição de outros. Desde a primeira experiência editorial em 14 de Junho de 2012 em nossa “Casa Pirata“, um centro social/cultural autônomo que durou pouco tempo e deixou muita saudade, no lançamento do “Leviatã de Papel“, já com o nome de Editora Artesanal Monstro dos Mares e no calor dos protestos de Junho de 2013, fizemos muitas impressões para distribuir na pequena cidade de Cachoeira do Sul (RS), onde tudo começou. Também conseguimos enviar exemplares impressos para diversas amizades e tornar essa prática uma gostosa forma de existir e permanecer. E assim seguimos.

Em 2017, a Monstro dos Mares recebeu novo fôlego: a querida editora-geral abobrinha se somou ao projeto da editora e tornou possível fazer mais livros, zines, banquinhas, boas conversas e, consequentemente, uma maior distribuição gratuita de materiais impressos de diversos coletivos e iniciativas editoriais. Aos poucos, as publicações da própria Monstro foram surgindo, conhecemos mais pessoas e realizamos muitas trocas, descobrindo espaços e conectando pessoas. Mais e mais livros e zines para todo canto.

Desde então, o bonde cresceu. Nos anos de 2018 e 2019 recebemos várias pessoas, criamos um conselho editorial, abrimos uma Rede de Apoio no Catarse, feiras, eventos, congressos e diversos pacotes de livros pra lá e pra cá. Desde os preparativos para o I Colóquio Anarquismo e Pesquisa, que aconteceu em Novembro de 2018 na UFSC, decidimos criar um registro de quantos livros e zines foram distribuídos gratuitamente naquele ano. 123 livros e 102 zines. Foi um susto quando percebemos que, ao anotar em um caderno simples essas quantidades, era muito mais do que imaginávamos. Porque é um livrinho pra um, um zine pra outra, envia um pacotinho para alguma biblioteca e assim chegamos a 821 livros e 1.211 zines no ano de 2020.

Com tantos números, decidimos lançar uma página em nosso website chamada “Numerologia”, onde era mantido o registro mensal de muitos dados gerados por nossa atividade editorial: livros impressos, livros distribuídos gratuitamente, zines impressos, zines distribuídos gratuitamente, quantidade de impressões, geração de energia solar, todos com os dados mensais e parciais do ano, total por ano e total geral. Com o tempo, gerar e acompanhar tantos números se tornou uma tarefa complexa, principalmente pelo fato de mantermos o apontamento de todos esses dados manualmente no cadernão. Em Abril de 2021, a página parou de receber atualizações para dar espaço a algo diferente.

Queremos conhecer mais pessoas, coletivos, organizações, bandos e bandas. Não se trata somente de fazermos livros para distribuir gratuitamente, mas de fortalecer espaços, pesquisas e bibliotecas. Nesse momento de pandemia, não temos a possibilidade de visitar os territórios onde as atividades acontecem. Este é um período no qual trocamos conversas e experiências principalmente em nossos canais e grupos no telegram, redes sociais e pelo bom e velho e-mail.

Nosso amigo Mauricio Knup, que faz parte da Rede de Apoio da editora, é a partir de agora a pessoa que faz a interface entre grupos, coletivos, bibliotecas, singularidades, sindicatos, federações e movimentos sociais que desejam receber livros da Monstro dos Mares. Queremos conhecer os espaços, trocar ideias, sabermos como podemos ajudar a fortalecer as atividades e programar uma visita para quando o pandemônio acabar.

Se você participa de alguma iniciativa anárquica, anarquista ou inspirada pelo anarquismo, por favor, acesse o site da Dádiva (https://dadiva.monstrodosmares.com.br) e confira as informações sobre a distribuição gratuita de livros e zines. Queremos estar em contato, estabelecer vínculos e fortalecer a solidariedade entre nossas iniciativas.

Agradecimentos “Manifestos Cypherpunks”

Nossa campanha se encerrou no último dia 1º de Setembro, com R$11.697,00 arrecadados, 241 apoiadores e 731% do valor atingido. A todas as pessoas que nos apoiaram, gracias!

Já comentamos o quanto estamos felizes e surpresos com o alcance da campanha e de como essa será a maior tiragem (até aqui) de um livro artesanal da Monstro dos Mares, com 500 cópias, praticamente todas elas já com endereço certo para ir. Ainda teremos alguns exemplares no site da Monstro e em banquinhas por aí (se a pandemia permitir). E 50 exemplares a serem distribuídos para bibliotecas e centros culturais.

Boa parte dos “Manifestos Cypherpunks” já estão impressos, bem como a maior parte das outras recompensas. Agora, estamos aguardando entrar os 10 dias úteis do Catarse para receber o valor arrecadado e então começar a enviar os pacotes para 21 estados brasileiros via Correios. Esperamos que no final deste Setembro e no início de Outubro os livros começam a chegar.

Qualquer dúvida nos escrevam. Mais uma vez obrigado!

Seguimos,

BaixaCultura e Monstro dos Mares


Apoiadoras e Apoiadores

Apoios anônimos

Ageu Silva
Akira e zbrsk
Alberto Torres
Alexandre Souza
Alexandre Tomy
Alexis Peixoto
Allan Felipe Fenelon
AllanGomes
Alphazine
Alysson G.
Ana Carolina Moreno
Ana Cunha
Ana Rauber
Anders Bateva
André “decko” de Brito
Andre da Silva Costa
André Freitas
André Houang
André Lucas Fernandes
André Ramiro
Andre Teixeira de Salles
Andrei Altamira
Andressa Vianna
Angela Natel
Antonio Assis Brasil
Barbara Castilho Maximo
Beatriz Martins
Beck Maurício
Bernardo Ramos Gall
Bruno Borges
Bruno Caldas Vianna
Bruno de Souza Bezerra
Bruno Moura
Cadós Sanchez
Cadu Simões
Caio Ramos
Caioau
Carla Arend
Carlos Eduardo Falcão Luna
Caroline Antonioli
Caru Campos
Cesar Lopes Aguiar
Christian Lima
Cindy Evelyn Peterson
Claudia Renata Capitanio
Cristiane Fronza
CryptoRave
Daniel Coelho de Oliveira
Daniel Rockenbach
Daniela Soares
Danilo Alves
Danilo Heitor Vilarinho Cajazeira
Davenir Viganon
Debbie Bertelhe
Débora Grama Ungaretti
Diego Alves
Diego Canto Macedo
Douglas Nunes Brandão
Eduardo Filipe Santos
Eduardo Henrique Maziero
Eliezer Pedroso Rosa
Ellen Ortiz
Elvio Pedroso Martinelli
Erik Teixeira Gonçalves Rodrigues
Evelyn Gomes
Fabio Barros
Fabricio Barili
Felipe Schneider
Fellipe Vieira
Fernando de Azevedo Alves Brito
Fernando Luis de Oliveira
Fernao Vellozo
Filipe Saraiva
Gabriel Ribeiro
Gabriel Vinicius Oliveira Soares
Guilherme Alves
Guilherme Magalhães
Guilherme Paixão
Gustavo Nicolau Gonçalves
Gustavo Pereira Dutra

Harim Britto
Helping With Code
Hendrik Nigul
Henrique Gustavo Miranda de Jesus Rodrigues
Henrique Novaes
Hiago da Silva Lacerda
Ian Fernandez
Ian Zwanck Goodwin
Igor Burle
Igor Henrique da Costa Morais
Iriz Medeiros
Isabela Baptista
Isadora Scopel
James William Pontes Miranda
Jean Luca Vedovato dos Santos
Jefferson de Freitas Silva
Jefferson Maier
Jeronimo Cordoni Pellegrini
João Eduardo Herzog
João Luiz Pena
João Moreno Rodrigues Falcão
João Victor Vieira Carneiro
João Vitor
José Domingues de Godoi Filho
Juliana Rosa
Karina Akemi Goto
Kemel Zaidan Maluf
Laetitia Valadares
Larissa Gdynia Lacerda
Leonardo Barbosa Rossato
Leonardo Koch Kewitz
Leonardo Nascimento
Lielson Zeni
Lillian Moura
Lorenzo
Luã Fergus Oliveira da Cruz
Lucas Eishi Pimentel Mizusaki
Lucas Gallindo
Lucas Lago
Lucas Loezer
Lucas M.A.C.
Lucas Prehs Visinoni
Luciana Salazar Salgado
Lucyan Butori
Luís Otávio Oliveira dos Santos
Luiz Denis Graça Soares
Luiz Paulo Colombiano
Lupi
Maralheios
Marcelo Lopes de Almeida
Marcelo Scrideli
Marcia Ohlson
Marcio Augusto
Márcio Conrado dos Reis
Marcos Antonio Peccin Junior
Marcus Antonius Soares da Silva
Marcus Repa
Marcus Vinícius
Mari Messias
Maria Eduarda Mesquita
Mariah Guedes
Marta Sofia da Fonseca Safaneta
Matheus
Matheus Grandi
Matheus Leite
Mauricio Marin
Maximiliano Saldanha de Oliveira
Miguel Antunes Ramos
Mobi Yabiku Neto
Monica Marques
Nanashara Ferreira Piazentin Gonçalves
Natali Mamani
Nathan Gomes Farias Neri
Nelson
Nelson de Luca Pretto
Panic
Pato
Paulo Almeida
Paulo Sergio
Paulo Vitor de Castilhos Lopes

Pedro Felipe Vergo Scheffer
Pedro Gil
Pedro Lucas Porcellis
Pedro Luiz Santos
Pedro Markun
Pedro Santos Teixeira
Pedro Teles
Professor Rodrigo
Rafael Ghiraldelli
Rafael Pinto
Ranulpho
Raphael Marques de Barros
Renato Dell
Rodolfo de Souza
Rodrigo Amboni
Rodrigo da Silva Freitas
Rodrigo Oliveira
Rodrigo Ortiz Vinholo
Rogerio Christofoletti
Rogerio Garcia de Oliveira
Roque Francisco
Rubens Ozorio Leão
Rudney Vinicius Gonçalves de Souza
Sandro Miccoli
Sávio Lima Lopes
Silvio Sidney Gomes dos Santos
Simone Caldas Vollbrecht
Stéfano Mariotto de Moura
Talita Souza
Tatiana Balistieri
Thiago Borne
Thiago Mendonça
Tiago Bugarin
Tito Guerra Bocorny Filho
Victor Augusto Tateoki
Victor Góis
Victor Perin
Victor Wolffenbüttel
Vinicius Yaunner
Vitor Diniz Kneipp
Vote Nelas
Wagner de Melo Reck
Willy Stadnick
Wllyssys Alves de Lima
Yasmin Curzi
Zaulao

Último dia para fortalecer a campanha “Manifestos Cypherpunks” no Catarse

Publicar um livro envolve decisões difíceis para todas as pessoas que fazem parte do processo, seja autoras e autores, organizadores, editores, diagramação, capa, papel, fonte. São tantas dúvidas que pedimos ajuda para não ter de fazer as escolhas difíceis isolades numa ilha. Depois de muita conversa sobre como colocar o material na rua, optamos pelo financiamento coletivo, tal como a Monstro dos Mares fez nos lançamentos de 2021. O objetivo principal da campanha é cobrir os custos de registro/formalização do livro, como ISBN e Ficha Catalográfica, e também os custos de impressão de uma tiragem inicial com cerca de 100~150 exemplares. Papel, tinta, folhas de capa, manutenção/depreciação de impressoras e equipamentos de finalização compõem esses custos.

Diante da dificuldade de conquistar os recursos necessários para rodar a primeira tiragem do livro, lançamos mão de utilizar o Catarse como ferramenta para chegar em mais pessoas e fortalecer o livro. Apesar das altas taxas (13%) e da demora de 10 dias úteis para a transferência dos recursos, concordamos que apoiar o lançamento de um livro é diferente de uma pré-venda, que poderia ser facilmente operacionalizada em nossa loja virtual. O financiamento coletivo aproxima pessoas que podem apoiar das pessoas que querem fazer algo. Por isso acreditamos que essa modalidade é importante, pois ela torna cada mona, mina ou mano que apoiou o lançamento do livro em participante do livro. Essa é uma relação duradoura, um vínculo que motiva e torna o ato de publicar ainda mais especial.

Hoje estamos no último dia da campanha de financiamento coletivo que, juntamente às amizades do BaixaCultura, nos surpreendeu pela adesão e participação de diversos coletivos que mobilizaram suas redes para divulgar o livro e tornar essa publicação possível. Queremos agradecer a cada pessoa que compartilha ideias ou links e convidar aquelas que puderem a fazer parte dessa publicação e colocar seu nome na lista de pessoas que transformaram o lançamento deste livro na maior campanha de financiamento coletivo que já fizemos, que será nossa maior tiragem inicial de livros — cerca de 400 exemplares.

Ainda dá tempo. =)

Conheça o livro

“Manifestos Cypherpunks” é a segunda publicação da coleção “Tecnopolítica”, coordenada pelo BaixaCultura (laboratório online de cultura livre & contracultura digital) e a Editora Monstro dos Mares (divulgação acadêmica anárquica). Depois do lançamento de “A ideologia Californiana”, texto seminal da crítica ao neoliberalismo tecnocrático do Vale do Silício feito em 1995 por Richard Barbrook e Andy Cameron, o segundo volume da coleção reúne alguns dos primeiros alertas contra a vigilância massiva na era da internet. São textos escritos na época que a rede mundial dos computadores ainda engatinhava, entre o final dos anos 1980 até meados dos 1990, por pessoas que conheciam a fundo alguns aspectos dos aparatos técnicos que faziam funcionar a rede e queriam nos fazer ficar atentos a eles.

Para apoiar o lançamento do livro acesse: https://www.catarse.me/manifestoscypherpunks

Manifestos Cypherpunks: financiamento coletivo

Precisamos do seu apoio para viabilizar o lançamento e distribuição do livro “Manifestos Cypherpunks”, que é a segunda publicação da coleção “Tecnopolítica”, coordenada pelo BaixaCultura (laboratório online de cultura livre & contracultura digital) e a Editora Monstro dos Mares (divulgação acadêmica anárquica). Depois do lançamento de “A ideologia Californiana”, texto seminal da crítica ao neoliberalismo tecnocrático do Vale do Silício feito em 1995 por Richard Barbrook e Andy Cameron, o segundo volume da coleção reúne alguns dos primeiros alertas contra a vigilância massiva na era da internet. São textos escritos na época que a rede mundial dos computadores ainda engatinhava, entre o final dos anos 1980 até meados dos 1990, por pessoas que conheciam a fundo alguns aspectos dos aparatos técnicos que faziam funcionar a rede e queriam nos fazer ficar atentos a eles.

A publicação reúne:

  • Introdução “Criptografia em Defesa da privacidade”, que contextualiza a produção dos textos, escrito por Leonardo Foletto, organizador da publicação, editor do BaixaCultura, jornalista e pesquisador ;
  • “Por que eu escrevi o PGP”, de Philip R. Zimmermann (1991);
  • “Manifesto Criptoanarquista”, de Timothy C. May (1993);
  • “Manifesto Cypherpunk”, de Erick Hughes (1993), todos traduzidos do inglês pelo coletivo Cypherpunks e revisado por Victor Wolfenbüttel;
  • Posfácio “Retrospectiva e expectativa Cypherpunk”, escrito pelo pesquisador em criptografia e diretor do IP.Rec, André Ramiro, que recupera o histórico e a importância da discussão da criptografia para 2021;
  • Anexo, chamado “Cripto-Glossário”, escrito por Timothy C. May e Eric Hughes em 1992, documento histórico sobre os termos utilizados nos estudos e na prática da criptografia.

Originários de uma vertente da cultura hacker mais afeita a ação política, em contraponto a outra mais ligada ao liberalismo empreendedor das startups do Vale do Silício, os cypherpunks surgem nos anos 1990 dizendo que a única maneira de manter a privacidade na era da informação é com uma criptografia forte. Mais de trinta anos depois de sua gênese, o ideal dos cypherpunks ainda é presente sobre gerações de criptógrafos, programadores e ativistas, entre eles os reunidos em tornos das criptofestas em diversos lugares do mundo, entre elas a CryptoRave, principal evento da área no Brasil.

Esta publicação, realizada de maneira artesanal e independente, busca fomentar a discussão e o conhecimento crítico histórico sobre o legado dos cypherpunks num mundo onde a internet se tornou a principal ferramenta de vigilância do planeta.

Apoiar a campanha de financiamento coletivo:
https://www.catarse.me/manifestoscypherpunks

Manifestos Cypherpunks
Organização e introdução: Leonardo Foletto
Tradução: Coletivo Cypherpunks
Revisão da tradução: Victor Wolffenbüttel
Posfácio: André Ramiro
Diagramação e capa: Baderna James
Montagem e finalização: abobrinha
Revisão: Raphael Sanz

60 páginas A5 (14 x 21 cm);
Capa em papel colorplus de 180g;
Edição artesanal, lombada canoa, refilado;
Impressão em tinta pigmentada de alta qualidade;
Diagramação e impressão utilizando 100% de energia solar.

Agradecimentos da campanha de financiamento coletivo “A gambiarra da destruição”

Salve, salve!!

Salve a todas e todos que participaram da campanha de financiamento coletivo da Gambiarra da Destruição! Em primeiro lugar, muito obrigado! Graças à ajuda de vocês, pudemos ter a felicidade de lançar esse modesto livro de crônicas e sátiras sobre a triste conjuntura em que vivemos. A esta altura, vocês já devem estar a ponto de receber vossas Gambiarras da Destruição, os pôsteres, adesivos e também os outros livros que estavam em jogo.

Espero que a obra, no melhor dos casos, possa trazer ideias, questionamentos, risadas, rememoração de fatos e reflexões a respeito de tudo o que vivemos como indivíduos e corpo social nos primeiros seis meses de pandemia. Rir ainda é uma arma contra os poderosos, pois, além de se locupletarem das nossas vidas e recursos – e nos encaminharem a conta, obviamente –, toda essa camarilha de impostores que sempre nos governou, hoje em sua face mais caricata, quer aplausos e adoração.

Rir do seu caráter patético é mais do que um sopro em nossos cotidianos, é uma necessidade – e torço para que tenha atingido esse objetivo. Depois vocês me contam. Espero que curtam esse trampo!!

Abraços libertários,
Raphael Sanz

Correio da Cidadania
Podcast Desculpe Aturá-los
Site pessoal (jornalismo, livros, podcast e bandas)

Ps: Se tudo der certo (isso significa eu ter tempo para escrever fora do âmbito do trabalho), um volume 2 deve sair daqui 1 ano. Vamos mantendo contato!


Agradecimentos

  • Carolina Pommer;
  • Paulo Junior;
  • Ian Fernandez;
  • Maria Clara da Silva Santana;
  • Rodrigo Ortiz Vinholo;
  • Bruno Borges;
  • Pedro Padron;
  • Ruda Alessi;
  • Alfredo Bordinhão Klumpp Dahlke;
  • Alex Alves;
  • Binha Gabi;
  • Felipe Castro;
  • Marcelinho Oliveira;
  • Bel Gomes;
  • Bruno Muniz;
  • Gael Nassif Lemus;
  • Anders Bateva;
  • Acácio Augusto;
  • Bruno Brando Balázs da Costa Faria;
  • José Ubiratan Ferraz Bueno;
  • Thiago Chaves Paiva;
  • Barbara Cristina Manholeti;
  • Pedalante;
  • Ely Clayton;
  • Léo Furlaneto;
  • Tato Nagoya;
  • Victor Sousa;
  • Natália Contesini;
  • Diego Avila;
  • Raphael Mouro;
  • Arnaldo Jose Armando;
  • Silvio Martins;
  • Douglas Muniz da Silva;
  • Giuliano Ribeiro Mascitelli;
  • Rhuan Gonçalves;
  • Juliano Gonçalves Mattos Mendonça;
  • Fernanda Kalena;
  • Damazio Campos de Souza;
  • Denise Griesinger;
  • Mauricio Rodrigues Grilli;
  • Renato Venturini Matrangolo;
  • João Gabriel Godoy Jardim;
  • Luis Berti;
  • João Eduardo Herzog;
  • André Monteiro;
  • Filipe Prado Almeida;
  • Adriano De Campos Rampazzo;
  • Luiz Guilherme Ferreira;
  • Alex Mirkhan;
  • Rafael Augusto Thome;
  • Marcos Vinícius Martim;
  • Felipe Castro;
  • Cesar Lopes Aguiar;
  • Contribuições e apoios anônimos.

“Este é nosso corpo, a terra”, prefácio e agradecimentos

Prefácio

Rosa Sebastiana Colman

Conheço Yan Leite Chaparro há mais de 10 anos. Desde lá, já trabalhamos mais próximos no Neppi, viajamos por várias aldeias por conta da distribuição do mapa Guarani Retã, e depois com o projeto Pontos de Cultura, que não teve continuidade. Ultimamente, apesar da distância, continuo acompanhando o Yan em suas trajetórias, angústias, curiosidades, desafios, descobertas e conquistas, tanto na academia como em sua caminhada solidária com os Kaiowá e Guarani, e compartilho da sua felicidade em ter esta oportunidade de caminhar com os Kaiowá e Guarani no doutorado.

O Yan desde o começo queria se comprometer, se aproximar, se tornar amigo e companheiro da alma, isto é, como ¨um angirũ¨ dos Kaiowá e Guarani, ou ¨se envolver¨. Não se conformava em apenas estudar, em ser mais um intelectual, pesquisador distante. Pensava e pensa em como pode atuar para apoiá-los em suas lutas e também em projetos que, de alguma forma, melhorem a vida e diminuam o sofrimento dos Kaiowá e Guarani de Mato Grosso do Sul. O Antonio Brand percebeu esse carisma no mestrando Yan e me apresentou a ele para ser colaborador “voluntário” do Neppi. O compromisso do Yan com os Kaiowá e Guarani é evidenciado no apoio que deu aos meninos (Joaquim e Eliezer) no mestrado, e para os Guarani esta é a lei da reciprocidade.

O livro “Este é nosso corpo, a terra: caminhos e palavras Avá Guarani/Ñandeva para além do fim do mundo” apresenta uma reflexão oportuna e necessária sobre os desafios na compreensão do conceito de desenvolvimento. Tem muita relevância, pois cobre uma lacuna acadêmica.

O trabalho se situa como um ensaio filosófico e metodológico sobre as possibilidades de relação com o Outro, tal como concebido pela antropologia. É uma reflexão filosófica sobre as possibilidades de produção do conhecimento em situações interculturais, que tomam essas situações como objeto de reflexão.

Os interlocutores centrais dos autores, os Ava Guarani, encontram bastante espaço de fala no livro, que serve como motivo ou pretexto para expressar o interesse dos autores em elaborar e textualizar suas preocupações teóricas e filosóficas. Além disso, é um espaço para os Ava Guarani falarem de suas lutas, suas alegrias, seus conhecimentos, sua leitura do mundo atual e da eminência do fim do mundo.

Ao longo do livro, os autores procuram se deixar levar pelos caminhos dos interlocutores da pesquisa; deixam-se conduzir e se transformar.

Nesse sentido, seu trabalho se aproxima da formulação de Merleau-Ponty quando, no texto intitulado “De Mauss a Levi-Strauss”, define a antropologia como um modo de pensar que se impõe quando o objeto é o outro, e que exige que nós nos transformemos. O encontro do autor com os Guarani provoca uma transformação no discurso científico, impactando a metodologia, o diálogo teórico e a própria construção do texto

Isto torna o texto atípico, exigindo do leitor uma dose de disposição, para se deixar conduzir pelo percurso trilhado. Se o leitor tem essa disposição, sentir-se-á compensado ao final.

Sobre os fins do mundo, que são vários, vale lembrar Schaden, quando diz que talvez para nenhum outro povo se aplique tão bem a passagem bíblica da fala de Jesus, quando afirma que “meu Reino não é deste mundo”.

Segundo o autor, o Guarani está sempre atento aos sinais que indicariam a transformação do mundo e a superação da condição de imperfeição na qual vive a humanidade.

Os autores trilharam um caminho de comprometimento, que superou as dificuldades e encontrou saídas para as limitações que estavam postas, como a inexperiência de trabalho de campo e a barreira da língua. Dedicaram-se; e é o que lemos no texto: o resultado de um trabalho de inteira dedicação.

A leitura do livro flui, nos envolve. Os autores parecem brincar com as palavras, como, por exemplo, nos termos de envolvimento – desenvolvimento. Além disso, combinam a escrita de forma poética com fotos incríveis que compõem o texto. Yan usou da ferramenta da Fotografia ou cartaz como metodologia, não somente como um auxílio estético ilustrativo mas como um mecanismo que faz o pesquisador compreender cada passo da pesquisa, rever cada passo, e ficou muito bom, fotos com muito significado e que contam uma história por si só!

O livro traz uma riqueza etnográfica dos textos/relatos colhidos, densos, profundos, o fato de ser em guarani, a partir do apoio do Cléber Gonçalves e Eliezer Martins, textos lindíssimos, de uma profundidade e sabedoria guarani, que servirá de referência para os estudos guarani.

O leitor vai encontrar relatos indígenas lindíssimos, como os de Cantalício Godoi: “Nós somos da terra. Somos nascidos da terra.” Por tudo isso, parabenizo a sensibilidade dos autores por nos brindarem com o compartilhamento dos resultados da pesquisa de doutorado.


Agradecimentos

A Editora Monstro dos Mares e os autores, Yan Leite Chaparro e Josemar de Campos Maciel, agradecem o apoio, o carinho e o incentivo de todas as pessoas que contribuíram direta e indiretamente para o lançamento do livro “Este é nosso corpo, a terra: caminhos e palavras Avá Guarani/Ñandeva para além do fim do mundo”. Todos os pacotes já estão nos Correios e, em breve, os carteiros e carteiras farão as entregas. Obrigado!

  • Wilson Lira Cardoso;
  • Rodrigo Ortiz Vinholo;
  • Marco Aurélio de Souza;
  • Sergio de Moraes Bonilha Filho;
  • Anders Bateva;
  • Anelize Kanda;
  • Catia Paranhos;
  • Danilo Meira;
  • Lucas Sanches;
  • Pedro Rabello;
  • Caio Maximino;
  • Leandro Mesa;
  • Priscilla Soares Teruya;
  • Cesar Lopes Aguiar;
  • Apoiadoras e apoiadores anônimos.
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